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Putin: se EUA desdobrarem mísseis na Europa, terão resposta imediata

O presidente russo disse que Moscou responderá apontando seu armamento não só a esses países europeus, mas também aos centros "de tomada de decisões"

Presidente da Rússia, Vladimir Putin (Sergei Karpukhin/Reuters)

Presidente da Rússia, Vladimir Putin (Sergei Karpukhin/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de fevereiro de 2019 às 10h17.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, advertiu nesta quarta-feira aos Estados Unidos que, em caso que desdobramento na Europa mísseis de médio e curto alcance, Moscou responderá "imediatamente" apontando seu armamento não só a esses países europeus, mas também aos centros "de tomada de decisões".

"A Rússia será obrigada a fabricar tipos de armamento que podem ser utilizados não só contra os territórios de onde provenha a ameaça direta, mas também contra os territórios onde se encontram os centros de tomada de decisões para o uso dos sistemas de mísseis", disse.

Putin fez esta afirmação em alusão à recente saída unilateral de Washington do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) durante seu discurso sobre o estado da nação diante do Parlamento.

"Sabemos como fazer e poremos em prática estes planos assim que essa ameaça se torne real", afirmou.

O líder russo ressaltou que as medidas serão tanto "simétricas como assimétricas", já que "alguns dos mísseis" que Washington poderia usar no continente europeu "têm um tempo de voo de 10-12 minutos até Moscou".

"Esta é uma ameaça muito grande para nós. Isto agravaria radicalmente a situação no âmbito da segurança internacional", denunciou.

Putin ressaltou que Moscou "não tem intenção, e isto é muito importante, de ser o primeiro a desdobrar tais mísseis na Europa".

O presidente também garantiu que o Kremlin segue disposto a negociar com os EUA em matéria de desarmamento estratégico, mas disse que "não está disposto a tocar em uma porta que está fechada".

Ao anunciar no começo do mês a saída da Rússia do tratado INF, em resposta à decisão unilateral dos EUA, o presidente russo já disse que não iniciaria novas rodadas de consultas sobre desarmamento com os EUA.

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