Putin recebe 8 prisioneiros russos libertados em troca com o Ocidente
Presidente russo também prometeu que todos receberão condecoraçõe
Agência de Notícias
Publicado em 1 de agosto de 2024 às 21h03.
O presidente da Rússia , Vladimir Putin, recebeu nesta quinta-feira pessoalmente no aeroporto de Vnukovo-2, em Moscou, oito prisioneiros libertados na maior troca com o Ocidente desde 1985.
Segundo as imagens exibidas ao vivo pela televisão estatal russa, Putin primeiro abraçou Vadim Krasikov, agente do Serviço Federal de Segurança (FSB) condenado à prisão perpétua na Alemanha pelo assassinato de um cidadão georgiano em 2019.
Em seguida, ele cumprimentou um a um os prisioneiros libertados, com os quais se encontrou mais tarde em um evento privado em um prédio do aeroporto onde eles desembarcaram após deixarem a Turquia, onde aconteceu a troca.
"Antes de tudo, gostaria de parabenizar a todos pelo retorno à pátria. Agora, gostaria de me dirigir àqueles que estão envolvidos no serviço militar. Quero agradecê-los por sua lealdade ao juramento, seu dever para com a pátria que nunca, nem por um minuto, se esqueceu de vocês", declarou Putin.
Ele também prometeu que todos receberão condecorações.
Particularmente emocionada estava Anna Valereva Dulceva, que abraçou Putin em lágrimas. O presidente Putin a presenteou com um buquê de flores.
Ela estava acompanhada do marido, Artem Viktorovic Dulcev, que, junto com a esposa, se declarou culpado de acusações de espionagem e falsificação de documentos à justiça da Eslovênia.
O jornalista Palbo Gonzalez, um espanhol nascido na Rússia que desceu a escadaria com uma mochila nas costas, também apertou a mão do presidente russo.
Os prisioneiros foram recebidos com honras de Estado, com guarda de honra e tapete vermelho na saída do avião.
O FSB confirmou a libertação dos oito russos presos em países da Otan em troca de 15 russos e estrangeiros que cumprem penas em prisões russas e de um cidadão alemão condenado à morte em Belarus.
Os outros quatro russos libertados foram Mikhail Mikushin, condenado por espionagem na Noruega; Roman Selezniov, de Kharkiv, que cumpria pena de 27 anos nos EUA; Vladislav Kliushin, condenado a nove anos nos EUA por crimes de informática; e Vadim Konoschenok, preso na Estônia e extraditado para os EUA por comprar equipamentos eletrônicos para a indústria militar russa.
Em seguida, Putin deu o indulto a 13 dos 16 prisioneiros entregues pela Rússia e Belarus aos países ocidentais, incluindo três americanos, entre eles o jornalista do jornal "The Wall Street Journal" Evan Gershkovich, cinco alemães e oito russos, a maioria ativistas e figuras da oposição.
A lista de perdões não incluiu três cidadãos alemães que foram libertados: Rico Krieger, que foi perdoado esta semana pelo presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, após ter sido condenado à morte por terrorismo; e German Moyzhes e Patrick Schoebel, que nunca foram formalmente condenados pela justiça russa por alta traição e tráfico de drogas, respectivamente.
O Kremlin expressou gratidão aos líderes de todos os países que participaram da troca de prisioneiros.