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Putin poderá indultar Khodorkovsky e banda Pussy Riot

Segundo conselheiro, presidente poderia libertar um ex-magnata do petróleo e integrantes da banda de rock, todos designados presos políticos


	Ex-magnata do petróleo russo, Mikhail Khodorkovsky, é escoltado em sua chegada ao tribunal de Moscou
 (©afp.com / Alexander Nemenov)

Ex-magnata do petróleo russo, Mikhail Khodorkovsky, é escoltado em sua chegada ao tribunal de Moscou (©afp.com / Alexander Nemenov)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 16h48.

Novo-Ogaryovo - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, poderia libertar um ex-magnata do petróleo e integrantes da banda de rock Pussy Riot, todos designados presos políticos por críticos no país e no exterior, em uma anistia esperada para o fim do ano, de acordo com um conselheiro de direitos humanos do Kremlin.

Mikhail Khodorkovsky, que os aliados dizem ter sido preso para evitar um desafio político a Putin e cujos bens na área petrolífera passaram para as mãos do Estado, e duas prisioneiras da banda Pussy Riot deverão ser soltos no ano que vem. Mas uma libertação antecipada poderia ajudar Putin a melhorar sua imagem antes de ele ser o anfitrião dos Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi, em fevereiro de 2014.

Putin pediu a seu conselho presidencial de direitos humanos, em setembro, que apresentasse algumas sugestões para uma anistia que marque o 20º aniversário da Constituição russa pós-soviética, em dezembro.

Depois de se reunir com Putin, o dirigente do conselho, Mikhail Fedotov, disse acreditar que Khodorkovsky e duas integrantes presas da Pussy Riot, Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alyokhina, estariam qualificados para serem soltos por um indulto.

"Acho que sim", disse Fedotov a jornalistas, após o encontro. "Esses eram crimes não-violentos." Putin vem repetidamente negando que haja alguém na Rússia preso por razões políticas.

Ex-dirigente da companhia petrolífera Yukos, Khodorkovsky está na prisão desde que foi detido em 2003 e condenado por crimes financeiros em dois julgamentos. Aos olhos dos críticos do Kremlin no país e no exterior, essas prisões são um dos pontos cinzentos no histórico de Putin, que não descarta a possibilidade de disputar um novo mandato presidencial, em 2018.

Repressão

A libertação de Nadezhda e Maria está prevista para março, depois do cumprimento da pena de dois anos de prisão por um improvisado protesto chamado de "oração punk" contra Putin na principal catedral da Rússia, em fevereiro de 2012, o que enfureceu a Igreja Ortodoxa russa e ofendeu muitos fiéis. Khodorkovsky deve ser solto em agosto.

O porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, disse que ainda é muito cedo para dizer quem poderia se beneficiar em um indulto.

Opositores de Putin estão observando sinais de gestos conciliatórios, depois do que eles dizem ter sido uma campanha repressiva contra dissidentes e o cerceamento de liberdades desde que ele conquistou um terceiro mandato presidencial, no ano passado, apesar dos maiores protestos de rua da oposição.

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