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Putin diz que Rússia apontará forças contra quem ameaçá-la

O presidente russo advertiu que se alguém ameaçar seu país, Moscou voltará suas baterias contra os lugares dos quais a ameaça provém

O presidente russo, Vladimir Putin: Putin declarou ainda que é "a Otan que se aproxima das fronteiras russas, e não o contrário" (Jussi Nukari/Lektikuva/Reuters)

O presidente russo, Vladimir Putin: Putin declarou ainda que é "a Otan que se aproxima das fronteiras russas, e não o contrário" (Jussi Nukari/Lektikuva/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2015 às 16h46.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, advertiu nesta terça-feira que se alguém ameaçar a segurança nacional de seu país, Moscou não terá outra alternativa senão voltar suas baterias contra os lugares dos quais a ameaça provém.

"Se alguém ameaçar nossos territórios, deveremos em consequência apontar nossas forças armadas, nossos meios modernos de ataque em direção àqueles territórios dos quais procede a ameaça", ressaltou o líder do Kremlin em entrevista coletiva ao lado do presidente da Finlândia, Sauli Niinistö.

Putin declarou ainda que é "a Otan que se aproxima das fronteiras russas, e não o contrário", pouco após anunciar hoje que a Rússia incorporará neste ano mais de 40 mísseis intercontinentais a seu arsenal nuclear.

No entanto, o líder russo informou que por enquanto não vê razões de peso para tomar medidas drásticas.

"Não quero exagerar, analisaremos tudo, mas atualmente não vejo nada que deva nos preocupar muito", respondeu Putin a uma jornalista finlandesa que expressou a preocupação de seus compatriotas pelo que parece o início de uma nova corrida armamentista e "a demonstração de força militar no Báltico".

Putin acrescentou que o que realmente preocupa Moscou é o escudo antimísseis americano em alguns países do Leste Europeu.

"Isso sim é um assunto sério de um alcance estratégico", apontou.

Putin fez estas declarações durante a abertura, em Moscou, de um fórum técnico-militar internacional e apenas um dia depois que o Comando Europeu dos Estados Unidos confirmou as intenções do Pentágono de colocar tanques e equipamentos pesados no Leste Europeu.

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