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Putin diz que não guarda rancor sobre sanções da UE

"Apesar de todos os problemas, a UE é nosso parceiro econômico e comercial-chave", disse Putin em seu discurso no plenário do Fórum Econômico de São Petersburgo


	Vladimir Putin: o presidente russo afirmou que Moscou não começou a política de sanções e contrassanções
 (Sergei Karpukhin / Reuters)

Vladimir Putin: o presidente russo afirmou que Moscou não começou a política de sanções e contrassanções (Sergei Karpukhin / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2016 às 09h49.

São Petersburgo - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ofereceu nesta sexta-feira à União Europeia (UE) recuperar a confiança e retomar a cooperação econômica, apesar da atual tensão nas relações.

"Apesar de todos os problemas, a UE é nosso parceiro econômico e comercial-chave", disse Putin em seu discurso no plenário do Fórum Econômico de São Petersburgo.

O presidente russo afirmou que Moscou não começou a política de sanções e contrassanções e, após assegurar que as empresas de muitos países do bloco querem voltar a trabalhar com a Rússia, acrescentou: "Nós só respondemos e não guardamos rancor da UE".

"Estamos dispostos a ir ao encontro de nossos parceiros europeus, mas isso sem dúvida não pode ser uma rua de uma mão só", disse.

Quanto à situação econômica mundial, Putin ressaltou que "subsistem os problemas estruturais" que levaram à crise que explodiu em 2008.

"Depois da crise se conseguiu em parte equilibrar as finanças, limitar, embora não superar, os problemas do crescimento da dívida, e tornar mais transparentes e controláveis os fluxos monetários. No entanto, os problemas estruturais da economia global se mantêm. Por enquanto, não se conseguiu reativar o crescimento", declarou.

Putin advertiu sobre o risco de que se aumente a tensão geopolítica atual, que atribuiu principalmente às dificuldades econômicas que o mundo atravessa.

"A atual tensão geopolítica está vinculada em boa medida à incerteza econômica e ao esgotamento das antigas fontes de crescimento", disse o presidente russo.

Ele acrescentou que existe o risco de que tal tensão "possa aumentar, e inclusive ser instigada de maneira artificial".

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