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Putin diz que não acredita em possível guerra com Ucrânia

Segundo Putin, as declarações do presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, sobre recuperar a Crimeia são "coisas de caráter revanchista"


	O presidente russo, Vladimir Putin: "acho que esse cenário apocalíptico [de guerra] dificilmente é possível e acredito que nunca se chegará a isso"
 (Alexei Nikolsky/RIA Novosti/Kremlin/Reuters)

O presidente russo, Vladimir Putin: "acho que esse cenário apocalíptico [de guerra] dificilmente é possível e acredito que nunca se chegará a isso" (Alexei Nikolsky/RIA Novosti/Kremlin/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 09h51.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que não acredita ser possível uma guerra com a Ucrânia, cenário que classificou de "apocalíptico", em entrevista divulgada ontem à noite pela emissora estatal russa "Rossiya 24".

"Acho que esse cenário apocalíptico dificilmente é possível e acredito que nunca se chegará a isso", respondeu o chefe do Kremlin a uma pergunta sobre se algum dia os russos acordarão com a notícia de que explodiu uma guerra.

Segundo Putin, as declarações do presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, sobre recuperar a Crimeia são "coisas de caráter revanchista".

"Não quero dar conselhos, mas as autoridades de um Estado europeu tão grande como a Ucrânia deveriam se ocupar, em primeiro lugar, de normalizar a vida no país", disse o presidente russo.

Sobre a Crimeia, reiterou que seus moradores já escolheram a que Estado pertencer e que se trata de uma opção que "é preciso respeitar", e em relação a qual a "Rússia não pode ter outra postura".

Para o chefe do Kremlin, as acusações contra Moscou de intervenção militar no leste da Ucrânia são "tentativas de justificar a derrota" e de "atribuir a culpa à Rússia".

Mas o mais grave, acrescentou, são "as tentativas de atiçar um conflito entre Rússia e Ucrânia".

"Se os acordos de Minsk foram cumpridos, tenho certeza que a situação (no leste da Ucrânia) se normalizará paulatinamente", disse Putin.

O presidente afirmou que a Europa não está menos interessada que a Rússia no cumprimento dos acordos de Minsk, já que "ninguém necessita de um conflito na periferia da Europa, e menos ainda um armado".

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