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Putin confirma negociações com EUA para possível 'declaração de paz'

A reunião de Putin com Modi ocorre enquanto mediadores tentam resolver divergências com a Ucrânia

Putin: Rússia e Estados Unidos buscam declaração conjunta sobre a Ucrânia. ( Mikhail Metzel/AFP)

Putin: Rússia e Estados Unidos buscam declaração conjunta sobre a Ucrânia. ( Mikhail Metzel/AFP)

Publicado em 5 de dezembro de 2025 às 07h17.

Última atualização em 5 de dezembro de 2025 às 07h18.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta sexta-feira que seu governo está colaborando com os Estados Unidos na elaboração de uma "possível declaração de paz" sobre a guerra na Ucrânia.

Essa revelação sugere um avanço diplomático significativo além dos contatos preliminares. O anúncio foi feito durante uma reunião com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, em Nova Délhi, onde Putin destacou a importância da busca por soluções concretas.

Putin aproveitou o encontro bilateral para agradecer a Modi pelo seu envolvimento pessoal nas negociações e ressaltou a relevância de encontrar uma solução para o conflito. "Nossas posições estão profundamente enraizadas na história, mas o que importa não são as palavras, e sim o cerne da questão", declarou o líder russo.

Dispositivos diplomáticos e impasses centrais

A confirmação de Putin segue declarações feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que indicaram que Putin demonstrou interesse em encerrar a guerra, embora sem alcançar um consenso definitivo. Trump revelou que a negociação entre seus enviados, Steve Witkoff e Jared Kushner, com Putin em Moscou gerou um ambiente positivo, mas sem acordos definitivos.

O encontro, que ocorreu na quarta-feira, resultou no cancelamento de uma reunião agendada entre os enviados americanos e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, o que gerou incertezas. O chefe negociador ucraniano, Rustem Umerov, também se reuniu com conselheiros de segurança dos principais parceiros europeus em Bruxelas para discutir o plano de paz, mas ainda não há consenso sobre questões-chave, como a renúncia da Ucrânia ao ingresso na OTAN, garantias de segurança, a retirada de Donbass e as reparações pós-guerra.

Desafios em torno dos termos de paz

Esses pontos continuam a ser motivo de impasse entre as partes envolvidas e os mediadores. Apesar das conversas em andamento, não houve avanços significativos na definição de um acordo definitivo. A questão da segurança na região e a redefinição das fronteiras ainda estão longe de uma resolução aceitável para todas as partes.

*Com informações da EFE

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