Moscou - O presidente da Rússia , Vladimir Putin , anunciou nesta sexta-feira que realizará uma visita à Argentina no próximo mês de julho para se reunir com a presidente Cristina Kirchner e analisar assuntos de cooperação no âmbito da energia, defesa lateral e maquinaria pesada.
"A Argentina é um de nossos principais parceiros na América Latina", disse Putin durante a cerimonia de apresentação das cartas credenciais de 14 embaixadores em Moscou, entre os quais estava o novo chefe da legação diplomática argentina, Pablo Anselmo Tettamanti.
O líder russo adiantou que o objetivo de sua viagem a Buenos Aires é "debater minuciosamente todos os assuntos atuais da agenda bilateral e internacional, além de marcar os projetos benéficos para ambas as partes no âmbito da energia - incluindo a atômica -, da indústria de maquinaria pesada e de cooperação técnico-militar".
Fontes na embaixada argentina em Moscou acrescentaram que a visita de Putin ao país sul-americano foi estipulada pelas presidências de ambos os países, encarregadas de anunciar mais adiante a data concreta da viagem.
Em todo caso, a visita de Putin à Argentina integra uma viagem pela América do Sul, na qual o presidente russo também deverá acompanhar a final da Copa do Mundo no próximo dia 13 de julho, no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro.
Entre os dias 14 e 15 de julho, o presidente russo participará da cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que será realizada na cidade de Fortaleza e que contará com a presença da presidente da Argentina em qualidade de convidada.
O diretor da corporação nuclear russa (Rosatom), Sergei Kirienko, indicou no início desta semana que a Rússia tem interesse em estreitar sua cooperação no campo da energia nuclear com a Argentina e Brasil.
O chefe da Rosatom, corporação estatal que agrupa cerca de 300 empresas e centros científicos, indicou que a América Latina não é um mercado tradicional para a Rússia e que empresas francesas, alemãs e americanas se mostram mais presentes nos países da região.
- 1. Conflitos
1 /12(Scott Olson/Getty Images)
São Paulo – Desde 2008, mais países deterioraram sua situação de paz (110) do que melhoraram (48), é o que mostra o
Global Peace Index 2013 (Índice Global de Paz, em tradução livre), elaborado pelo Instituto para Economia e Paz (IEP). O
ranking lista a situação em 162 países. O
Afeganistão é o país menos pacífico. Nos últimos seis anos, o nível de paz teve uma deterioração de 5% - indicando que o mundo está menos pacífico. No período, os três países que registraram as maiores melhoras no indicador foram China, Georgia e Haiti. Os três com as maiores deterioração foram Síria, Líbia e Ruanda.
O Brasil ocupou a 81º posição. O índice é composto por 22 indicadores qualitativos e quantitativos que são inseridos em três temas: o nível de segurança na sociedade, a extensão de conflitos domésticos ou internacionais e o nível de militarização. Veja nas fotos os 10 países menos pacíficos do mundo.
- 2. 162. Afeganistão
2 /12(Shah Marai/AFP)
O Afeganistão somou 3.440 pontos. Com conflitos e instabilidade durante grande parte das últimas duas décadas, o país seguiu longe da paz em 2012. No ano passado, ocorreram menos mortes em decorrência do conflito interno e o número de refugiados também caiu mas outros quatro indicadores pioraram e o país voltou ao último lugar do ranking. Dados da ONU citados no estudo indicam que 2.854 civis foram mortos durante 2012, ante 3.021 em 2011. A queda é atribuída à diminuição dos enfrentamentos entre o Talibã e as tropas norte-americanas, menos ataques aéreos e por insurgentes.
- 3. 161. Somália
3 /12(Abdurashid Abdulle/AFP)
Depois de dois anos, a Somália saiu do primeiro lugar da lista. O estudo destaca que o número de fatalidades resultantes de conflitos internos caiu e as relações com os países vizinhos melhoraram. A piora das condições no Afeganistão também contribuiu. A Somália registrou 3.394 pontos. A cena política segue instável na Somália. O primeiro parlamento formal do país desde 1991, quando teve início a guerra civil, deu início às suas atividades em agosto de 2012. O número de ataques de piratas na costa da Somália também diminuiu em 2012, quando foram registrados 75 ocorrências, segundo o International Maritime Bureau (escritório marítimo internacional), comparado a 237 em 2011.
- 4. 160. Síria
4 /12(Aamir Qureshi/AFP)
A Síria registrou a maior queda da história no índice – e a maior deterioração na paz entre 2012/2013. O conflito entre os defensores de Bashar al-Assad e seus oponentes foi o mote. A ONU estima que 70.000 pessoas foram mortas nessa guerra civil desde março de 2011. A Síria obteve 3.393 pontos. Até o final de 2012, mais de 500.000 refugiados tiveram sua entrada registrada no Egito e em outros países vizinhos. Estima-se que 2,3 milhões tiveram que deixar suas casas na Síria. A maior parte dos indicadores da Síria no ranking pioraram significativamente, como os crimes violentos, a taxa de homicídios e as atividades terroristas.
- 5. 159. Iraque
5 /12(Getty Images)
O Iraque tornou-se menos pacífico em 2012, muito em decorrência de um aumento substancial nos gastos militares, para cerca de 7,1% do PIB, ante 3,1% em 2011. O Iraque segue sendo um país muito militarizado. No período, suas relações com os vizinhos pioraram, especificamente com a Turquia. O Iraque obteve 3.245 pontos no índice. O número de refugiados e de pessoas deslocadas dentro do país segue sendo um dos maiores do mundo (8,5% da população) apesar de ter registrado queda. Já as taxas de homicídio, crimes violentos, percepções de criminalidade e a possibilidade de demonstrações violentas e atividades terroristas mantiveram os números do ano passado – os mais altos possíveis.
- 6. 158. Sudão
6 /12(Ashraf Shazly/AFP)
O Sudão registrou 3.242 pontos. O país tornou-se um pouco mais pacífico em 2012/2013, passando o Iraque, mas segue entre os cinco últimos do ranking. Medidas do conflito interno e mortes relacionadas a conflitos caíram do nível muito elevado em que estavam, assim como a taxa de homicídios – mas o país ainda enfrenta vários conflitos. O número de refugiados e de pessoas que tiveram que migrar dentro do páis aumentou novamente, chegando a 14,2% da população do Sudão. A ONU estima que até 300.000 pessoas tenham morrido e cerca de 2,7 milhões tenham sido forçadas e abandonar suas casas em decorrência dos efeitos da guerra, fome e doenças em Darfur desde 2003. Atividades terroristas aumentaram, assim como o número de serviços pessoais armados. A cena política segue instável. A pontuação do Sudão para a escala de terror político segue no pior nível possível desde 2012.
- 7. 157. Paquistão
7 /12(Zohra Bensemra / Reuters)
O Paquistão tornou-se ainda menos pacífico em 2012. Três indicadores deterioraram: a intensidade do conflito interno, a atividade terrorista e o nível de crime violento. A cena política seguiu instável em 2012. Apesar de tensões entre o governo de coalisão e o exército, o parlamento deve completar seu mandato de cinco anos, uma raridade no Paquistão. Sua posição na escala de terror político coloca o Paquistão no nível mais alto pelo segundo ano consecutivo. O país registrou 3.106 pontos no índice.
- 8. 156. República Democrática do Congo
8 /12(REUTERS)
A pontuação obtida pela República Democrática do Congo foi de 3.085 pontos, uma pequena mudança. O indicador de conflito interno subiu para o nível mais alto e as atividades terroristas registraram queda modesta. O país subiu de posição mais em decorrência da piora das condições no Paquistão e na Síria do que por melhorias internas. As relações do país com seus vizinhos mantém uma pontuação média – as relações com Angola seguem tensas. Os gastos militares seguem em um nível relativamente baixo (1,3% do PIB), comparado aos 2,2% da república do Congo e 3,3% de Angola.
- 9. 155. Rússia
9 /12(Getty Images)
A paz na Rússia caiu entre 2012/2013. Fatalidades decorrentes de conflitos internos diminuíram, assim como a atividade terrorista, mas os gastos militares aumentaram (para 3% do PIB, um nível considerado alto segundo a comparação internacional, mas abaixo do norte-americana, 4,1%). As exportações de armas, o número de armas pesadas e o tamanho da força policial em relação ao da população seguem entre os maiores do mundo. A população encarcerada caiu, mas segue alta – somente Cuba, Eritrea, Ruanda, Estados Unidos e Coreia do Norte encarceram uma proporção maior da sua população. A pontuação da Rússia foi 3.060 pontos.
- 10. 154. Coreia do Norte
10 /12(AFP)
A pontuação da Coreia do Norte piorou entre 2012 e 2013, chegando a 3.044 pontos. Entre os fatores para a piora estão o aumento da população encarcerada – 830 pessoas por 100.000 habitantes, a proporção mais alta do mundo – além de alegações da existência de 200.000 prisioneiros em seis prisões políticas. A instabilidade política também aumentou no período, assim como os crimes violentos. Desde que Kim Jong-Um assumiu o poder, em dezembro de 2011, as tensões na região tornaram-se alarmantes. Recentemente, o país divulgou fotos de treinamentos militares e
fez ameaças de ataques. Estima-se que os gastos militares cheguem a 20% do PIB do país – a maior proporção dentre os 162 países pesquisados.
- 11. 153. República da África Central
11 /12(Sia Kambou/AFP)
O país tornou-se menos pacífico em 2012, com a deterioração de cinco indicadores. A cena política tornou-se ainda menos estável. O conflito pelo poder nacional entre o governo e grupos rebeldes se intensificou. Armas leves são facilmente obtidas e os gastos militares subiram para 2,6% do PIB. A República da África Central obteve 3.031 pontos.
- 12. Veja também quais são os países mais pacíficos
12 /12(AFP)