Mundo

Putin afirma que manobras navais com a China são as maiores desde a queda da URSS

Presidente russo especificou que a Marinha e a Aviação da China participam nos jogos navais com quatro embarcações

Vladimir Putin, presidente da Rússia (AFP)

Vladimir Putin, presidente da Rússia (AFP)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 10 de setembro de 2024 às 16h13.

Tudo sobreRússia
Saiba mais

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta terça-feira que as manobras navais ‘Okean-2024’, que contam com a participação da China, são as maiores desde a queda da União Soviética.

“Estamos realizando exercícios desta magnitude no mar pela primeira vez nas últimas três décadas”, disse Putin em uma mensagem de vídeo aos participantes dos exercícios.

Putin especificou que a Marinha e a Aviação da China participam nos jogos navais com quatro embarcações, três delas de guerra e uma de abastecimento, e 15 aeronaves.

O presidente russo destacou que hoje teve início a fase ativa das manobras, durante a qual os militares realizarão missões "o mais semelhante possível às missões de combate" com o emprego de armamento de alta precisão.

"A Rússia deve estar preparada para qualquer evolução da situação. As nossas Forças Armadas garantem uma defesa confiável da soberania e dos interesses nacionais da Rússia. Devemos repelir qualquer possível agressão militar em qualquer direção", ressaltou.

Além disso, Putin, que mencionou os Estados Unidos cinco vezes em um discurso que durou apenas cinco minutos, acusou aquele país de querer manter sua hegemonia global, tanto militar como política, “a qualquer preço”.

“Para esse fim, usando a Ucrânia, buscam infligir uma derrota estratégica ao nosso país”, acrescentou.

Por outro lado, denunciou que, com a desculpa da suposta ameaça representada pela Rússia e da contenção da China, “os Estados Unidos e seus satélites estão aumentando sua presença militar perto das fronteiras ocidentais da Rússia, no Ártico e na região Ásia-Pacífico”.

Em relação a esta região, acusou Washington de “alterar o equilíbrio de forças”; planejar a implantação de mísseis de curto e médio alcance e, com isso, provocar “uma corrida armamentista ignorando a segurança dos seus aliados europeus e asiáticos”.

Russos e chineses iniciaram nesta terça-feira no Mar do Japão as manobras navais ‘Okean-2024’ nas quais exercitam, entre outras coisas, a defesa das suas águas territoriais.

Segundo relatou o Ministério da Defesa russo, os exercícios navais estratégicos acontecem nas águas dos oceanos Pacífico e Glaciar Ártico, e nos mares Mediterrêneo, Báltico e Cáspio.

Participarão no ‘Okean-2024’, que vai até o dia 16, mais de 400 navios, entre submarinos e navios de apoio, mais de 120 aeronaves e mais de 90 mil soldados.

O código ‘Okean’ (oceano, em russo) foi utilizado na época da União Soviética para designar os exercícios que sua Marinha realizou em 1970, 1975, 1977, 1983 e 1985 e que naquela altura foram os maiores da história.

Acompanhe tudo sobre:RússiaVladimir PutinChina

Mais de Mundo

Pedro Sánchez planeja se encontrar com Edmundo González esta semana em Madri

Vantagem de Kamala nas pesquisas diminui antes do debate com Trump

Holanda faz testes com cápsulas Hyperloop, um 'trem' que pode chegar a 700 km/h

Regime Ortega retira a nacionalidade e confisca bens de 135 presos políticos enviados para Guatemala