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Putin afasta chefe da agência espacial russa, que terá novo cargo

Novo chefe, Yuri Borisov, serviu no exército soviético e depois no russo durante 20 anos

O agora ex-diretor da agência espacial russa Roscosmos, Dmitry Rogozin, no cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, em 8 de dezembro de 2021. (AFP/AFP)

O agora ex-diretor da agência espacial russa Roscosmos, Dmitry Rogozin, no cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, em 8 de dezembro de 2021. (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 15 de julho de 2022 às 19h00.

O chefe da agência espacial russa Roscosmos, Dmitry Rogozin, conhecido por sua aspereza e seu nacionalismo, foi destituído de seu cargo, nesta sexta-feira (15), por um decreto do presidente Vladimir Putin e será nomeado para um novo cargo.

Pouco depois da publicação do decreto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou à agência de notícias TASS que a indicação aconteceria "em seu devido momento".

Peskov não deu mais detalhes, mas garantiu que a saída de Rogozin da Roscosmos não se deve à insatisfação do Kremlin com o seu trabalho.

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Rogozin, de 58 anos, será substituído por Yuri Borisov, de 65 anos, que, até agora, era vice-primeiro-ministro a cargo do complexo militar-industrial da Rússia, que também inclui o setor espacial.

Borisov serviu no exército soviético e depois no russo durante 20 anos.

À frente da agência espacial russa, Dmitry Rogozin era conhecido por seus memes no Twitter e suas tiradas provocativas no Telegram.

No entanto, em cinco anos de mandato não conseguiu frear a decadência da indústria espacial russa, estagnada pela falta de inovação e a corrupção.

Desde o início da ofensiva russa contra a Ucrânia, em 24 de fevereiro, Rogozin, que também foi embaixador da Rússia na Otan, fez uma série de declarações belicosas sobre o Ocidente, ressaltando a destruição que poderiam causar as armas nucleares russas.

A mudança acontece em um contexto de crescentes tensões entre a Rússia e o Ocidente. Russos e americanos se acusam mutuamente, entre outras coisas, de ambições militares no espaço.

Em novembro de 2021, a Rússia admitiu ter realizado um lançamento de teste contra um de seus antigos satélites em órbita, após ter sido acusada por Washington de ter colocado em perigo a tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) com esse lançamento.

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