Provocação de Clint Estwood à Obama é criticada em Hollywood
Eastwood, ganhador de quatro Oscars, ao que parece, improvisou no espetáculo em que acusava Obama de ter falhado em recuperar a economia
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2012 às 21h14.
Washginton - Após a convenção republicana, em que a estrela foi o candidato Mitt Romney , outro episódio ganhou destaque: o diálogo do ator Clint Eastwood com um "Obama invisível", que era alvo de críticas na indústria do espetáculo nesta sexta-feira.
Na noite de quinta-feira, minutos antes do discurso em que Mitt Romney aceitaria a nomeação republicana como candidato à Presidência, o ator de 82 anos subiu ao palco e começou a conversar com uma cadeira vazia, simulando que nela estava sentado o presidente Barack Obama.
"Que coisa é essa que Clint Eastwood acaba de fazer? Como permitiram que isso acontecesse?", escreveu a atriz Mia Farrow, que durante anos foi a musa do mítico diretor Woody Allen, em sua conta no Twitter.
Nesta sexta-feira, o cineasta Michael Moore, conhecido por seu estilo ácido, escreveu no jornal The Daily Beast: "Clint Eastwood foi capaz de levar a dezenas de milhões de espectadores a principal mensagem da convenção republicana deste ano: 'Somos delirantes e estamos fora da realidade'".
"Obrigado, Clint, você nos deu o dia", concluiu o diretor de documantários, autor de "Tiros em Columbine" (2002) e "Fahrenheit 11 de setembro" (2004).
Zachary Quinto, a estrela de "Jornada nas Estrelas", escreveu também no Twitter: "Supõe-se que Clint vai dar confiança aos republicanos? Eu estou legitimamente assustado de vê-lo conversando com um Obama imaginário".
Eastwood, ganhador de quatro Oscars, ao que parece, improvisou no espetáculo em que acusava Obama de ter falhado em recuperar a economia.
Acho que é hora de alguém mais vir e resolver o problema (...) Você pode se afastar para que Romney assuma. Talvez até possa ir de avião", disse a estrela de clássicos do faroeste, como "Três homens em conflito", e diretor de filmes como "Menina de Ouro".
Pouco depois, a cadeira tinha uma conta no Twitter (@InvisibleObama, que nesta sexta já tinha mais de 50.000 seguidores), e o verbo "Eastwooding" tinha sido inventado, referindo-se ao ato de conversar com uma cadeira vazia.
O próprio presidente reagiu com humor, quando tuitou pouco depois "Esta cadeira está ocupada", acrescentando uma foto de seu assento presidencial.
O representante de Eastwood, Leonard Hirshan, evitou fazer comentários à AFP sobre o tema, enquanto o sindicato de atores americanos (SAG) se desvencilhava da polêmica.
"Por política (do sindicato), não apoiamos ou contribuímos com partidos políticos nem candidatos e não comentaremos este assunto", escreveu à AFP a porta-voz do SAG Pamela Greenwalt.
A participação de Eastwood no grande evento dos republicanos foi antecedida de muita expectativa pelas especulações sobre a identidade de um "convidado misterioso".
Mas em vez de apresentar um equivalente ao que representa George Clooney para o Partido Democrata, o ato de Eastwood -que se soma em seu conservadorismo a outros durões do cinema americano como John Wayne e Charlton Heston- foi considerado vergonhoso.
O jornalista especialista em espetáculos da CNN, o britânico Piers Morgan, disse em uma entrevista à revista The Hollywood Reporter desta sexta-feira: "Acho que a equipe de Romney provavelmente estava tão horrorizada como todo mundo. Talvez assumam que teria sua versão de George Clooney".
Apesar disso, "tudo ficou cada vez mais surreal. O final não só foi vergonhoso, como também ruim para Mitt Romney, porque está claro que isso vai tirar bastante o protagonismo do seu discurso", disse Morgan.
A esposa do candidato, Ann Romney, comentou à rede de televisão CBS: "É um homem único e fez uma coisa única".
Com um tom mais sério, o célebre crítico de cinema Roger Ebert respondeu com sua mordacidade comum: "Clint, meu herói, está ficando triste e patético. Não tinha necessidade alguma de fazer isto consigo mesmo. Isto não é algo a sua altura".
Hollywood, tradicionalmente mais favorável ao campo democrata, esteve ausente de Tampa, à exceção do ator Jon Voight, de 73 anos, conhecido por filmes como "Perdidos na noite" (1969) e "Amargo pesadelo" (1972).
Washginton - Após a convenção republicana, em que a estrela foi o candidato Mitt Romney , outro episódio ganhou destaque: o diálogo do ator Clint Eastwood com um "Obama invisível", que era alvo de críticas na indústria do espetáculo nesta sexta-feira.
Na noite de quinta-feira, minutos antes do discurso em que Mitt Romney aceitaria a nomeação republicana como candidato à Presidência, o ator de 82 anos subiu ao palco e começou a conversar com uma cadeira vazia, simulando que nela estava sentado o presidente Barack Obama.
"Que coisa é essa que Clint Eastwood acaba de fazer? Como permitiram que isso acontecesse?", escreveu a atriz Mia Farrow, que durante anos foi a musa do mítico diretor Woody Allen, em sua conta no Twitter.
Nesta sexta-feira, o cineasta Michael Moore, conhecido por seu estilo ácido, escreveu no jornal The Daily Beast: "Clint Eastwood foi capaz de levar a dezenas de milhões de espectadores a principal mensagem da convenção republicana deste ano: 'Somos delirantes e estamos fora da realidade'".
"Obrigado, Clint, você nos deu o dia", concluiu o diretor de documantários, autor de "Tiros em Columbine" (2002) e "Fahrenheit 11 de setembro" (2004).
Zachary Quinto, a estrela de "Jornada nas Estrelas", escreveu também no Twitter: "Supõe-se que Clint vai dar confiança aos republicanos? Eu estou legitimamente assustado de vê-lo conversando com um Obama imaginário".
Eastwood, ganhador de quatro Oscars, ao que parece, improvisou no espetáculo em que acusava Obama de ter falhado em recuperar a economia.
Acho que é hora de alguém mais vir e resolver o problema (...) Você pode se afastar para que Romney assuma. Talvez até possa ir de avião", disse a estrela de clássicos do faroeste, como "Três homens em conflito", e diretor de filmes como "Menina de Ouro".
Pouco depois, a cadeira tinha uma conta no Twitter (@InvisibleObama, que nesta sexta já tinha mais de 50.000 seguidores), e o verbo "Eastwooding" tinha sido inventado, referindo-se ao ato de conversar com uma cadeira vazia.
O próprio presidente reagiu com humor, quando tuitou pouco depois "Esta cadeira está ocupada", acrescentando uma foto de seu assento presidencial.
O representante de Eastwood, Leonard Hirshan, evitou fazer comentários à AFP sobre o tema, enquanto o sindicato de atores americanos (SAG) se desvencilhava da polêmica.
"Por política (do sindicato), não apoiamos ou contribuímos com partidos políticos nem candidatos e não comentaremos este assunto", escreveu à AFP a porta-voz do SAG Pamela Greenwalt.
A participação de Eastwood no grande evento dos republicanos foi antecedida de muita expectativa pelas especulações sobre a identidade de um "convidado misterioso".
Mas em vez de apresentar um equivalente ao que representa George Clooney para o Partido Democrata, o ato de Eastwood -que se soma em seu conservadorismo a outros durões do cinema americano como John Wayne e Charlton Heston- foi considerado vergonhoso.
O jornalista especialista em espetáculos da CNN, o britânico Piers Morgan, disse em uma entrevista à revista The Hollywood Reporter desta sexta-feira: "Acho que a equipe de Romney provavelmente estava tão horrorizada como todo mundo. Talvez assumam que teria sua versão de George Clooney".
Apesar disso, "tudo ficou cada vez mais surreal. O final não só foi vergonhoso, como também ruim para Mitt Romney, porque está claro que isso vai tirar bastante o protagonismo do seu discurso", disse Morgan.
A esposa do candidato, Ann Romney, comentou à rede de televisão CBS: "É um homem único e fez uma coisa única".
Com um tom mais sério, o célebre crítico de cinema Roger Ebert respondeu com sua mordacidade comum: "Clint, meu herói, está ficando triste e patético. Não tinha necessidade alguma de fazer isto consigo mesmo. Isto não é algo a sua altura".
Hollywood, tradicionalmente mais favorável ao campo democrata, esteve ausente de Tampa, à exceção do ator Jon Voight, de 73 anos, conhecido por filmes como "Perdidos na noite" (1969) e "Amargo pesadelo" (1972).