Exame Logo

Província indonésia proíbe vida noturna para mulheres

A não ser que estejam acompanhadas pelo marido ou algum homem da família, mulheres não deverão trabalhar ou ser servidas em restaurantes e cibercafés à noite

Mulheres em lanchonete de Banda Aceh: "Nosso objetivo é proteger as mulheres assalariadas, especialmente as que trabalham em locais como cafés, restaurantes, cibercafés e atrações turísticas", explica a prefeita da cidade (AFP / Chaideer Mahyuddin)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2015 às 14h04.

Banda Aceh - A capital da província indonésia de Aceh, que aplica a sharia, proibiu que as mulheres frequentem sozinhas cafés e outros locais de lazer depois das 23h, para protegê-las, anunciou nesta terça-feira uma prefeitura local.

Restaurantes, cibercafés e demais estabelecimentos desta cidade de mais de 200.000 habitantes receberam a instrução de não servir as mulheres depois deste horário, a não ser que estejam acompanhadas por seus maridos ou por algum homem da família, segundo uma norma que entrou em vigor no dia 4 de junho.

As mulheres também estão proibidas de trabalhar nestes locais após a hora limite, de acordo com a norma, que foi criticada por organizações de defesa dos direitos femininos.

"Nosso objetivo é proteger as mulheres assalariadas, especialmente as que trabalham em locais como cafés, restaurantes, cibercafés e atrações turísticas", explicou Illiza Sa'aduddin Djamal, prefeita da cidade de Banda Aceh, ao norte da ilha de Sumatra.

Aceh é a única província autorizada a aplicar a lei islâmica na Indonésia, o país muçulmano mais populoso do mundo. Ali as relações homossexuais, as apostas e o consumo de álcool estão proibidos.

A província começou a aplicar a sharia depois de ter obtido um status de autonomia em 2001, concedido pelo governo de Jacarta para colocar fim a décadas de rebelião separatista.

Em maio, um distrito de Aceh havia proibido que um homem e uma mulher não casados circulassem na mesma motocicleta.

Veja também

Banda Aceh - A capital da província indonésia de Aceh, que aplica a sharia, proibiu que as mulheres frequentem sozinhas cafés e outros locais de lazer depois das 23h, para protegê-las, anunciou nesta terça-feira uma prefeitura local.

Restaurantes, cibercafés e demais estabelecimentos desta cidade de mais de 200.000 habitantes receberam a instrução de não servir as mulheres depois deste horário, a não ser que estejam acompanhadas por seus maridos ou por algum homem da família, segundo uma norma que entrou em vigor no dia 4 de junho.

As mulheres também estão proibidas de trabalhar nestes locais após a hora limite, de acordo com a norma, que foi criticada por organizações de defesa dos direitos femininos.

"Nosso objetivo é proteger as mulheres assalariadas, especialmente as que trabalham em locais como cafés, restaurantes, cibercafés e atrações turísticas", explicou Illiza Sa'aduddin Djamal, prefeita da cidade de Banda Aceh, ao norte da ilha de Sumatra.

Aceh é a única província autorizada a aplicar a lei islâmica na Indonésia, o país muçulmano mais populoso do mundo. Ali as relações homossexuais, as apostas e o consumo de álcool estão proibidos.

A província começou a aplicar a sharia depois de ter obtido um status de autonomia em 2001, concedido pelo governo de Jacarta para colocar fim a décadas de rebelião separatista.

Em maio, um distrito de Aceh havia proibido que um homem e uma mulher não casados circulassem na mesma motocicleta.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDireitosIndonésiaLegislaçãoMulheres

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame