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Protestos por morte de adolescente negro geram confronto

Segunda-feira foi segunda noite de revolta causada pela morte de um adolescente negro atingido por tiro da polícia em Ferguson, nos Estados Unidos

Protesto nos EUA: FBI abriu uma investigação sobre o que foi apontado como um caso de racismo (Mario Anzuoni/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2014 às 09h39.

Fergusson - Tiros foram disparados e a polícia lançou gás lacrimogêneo contra manifestantes que atiravam pedras, na segunda-feira, na segunda noite de revolta causada pela morte de um adolescente negro atingido por tiro da polícia em Ferguson, no Estado do Missouri, nos Estados Unidos .

Michael Brown, de 18 anos, foi morto em um subúrbio predominantemente negro da cidade de St. Louis na tarde de sábado, após o que policiais disseram ter sido uma disputa envolvendo uma arma dentro de uma viatura policial.

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O FBI abriu uma investigação sobre o que foi apontado como um caso de racismo. A família Brown contratou o mesmo advogado que representou a família de Trayvon Martin, um adolescente negro e desarmado que foi morto a tiros por um guarda comunitário em 2012, provocando protestos em todo o país.

"Ele acabou de se formar e estava a caminho da faculdade", disse a mãe de Brown, Lesley McSpadden, entre lágrimas durante um coletiva de imprensa na segunda-feira, referindo-se ao que teria sido o primeiro dia de aula de seu filho no ensino superior.

Ela pediu por calma, mas protestos pedindo pela prisão e condenação do policial responsável pela morte de Brown acabaram em violência. Carros de bombeiros, ambulâncias e reforços policiais foram enviados para o local, que se transformou em um cenário de caos.

Um policial equipado para contenção de tumultos chegou a ser acuado por um grupo de jovens manifestantes. Um grande número de pessoas, dispersadas de uma área com gás lacrimogêneo, voltou a se reunir em frente a uma delegacia gritando "Mãos ao alto, não atire".

"Não vamos deixar essa passar", disse Dreya Harris, de 18 anos, morador de St. Louis.

Mais de 50 pessoas foram presas até a manhã desta terça-feira, informaram a polícia e a mídia local. No domingo à noite, multidões quebraram carros e vitrines, atearam fogo a um edifício e saquearam lojas. Ao menos vinte estabelecimentos foram danificados, 32 pessoas presas e dois policiais ficaram feridos, disse a polícia.

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