Mundo

Protestos no Egito deixam 5 mortos, diz Irmandade Muçulmana

Um porta-voz da confraria disse que as vítimas foram registradas em vários distritos dos arredores do Cairo e na cidade de Al Fayum, no sul da capital


	Egito: O jornal "Al-Ahram" falou sobre a morte de cinco pessoas, enquanto o Ministério da Saúde só confirmou por enquanto um falecido em Al Fayum
 (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

Egito: O jornal "Al-Ahram" falou sobre a morte de cinco pessoas, enquanto o Ministério da Saúde só confirmou por enquanto um falecido em Al Fayum (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2014 às 14h24.

Cairo - Pelo menos cinco pessoas morreram nesta sexta-feira no Cairo e seus arredores em novos confrontos entre manifestantes e a Polícia, que explodiram durante os protestos dos islamitas, informaram fontes da Irmandade Muçulmana.

Um porta-voz da confraria, que pediu o anonimato, explicou que as vítimas são de vários distritos dos arredores do Cairo e na cidade de Al Fayum, no sul da capital.

O jornal "Al-Ahram", em sua edição em inglês, noticiou a morte de seis partidários da Irmandade, enquanto o Ministério da Saúde só confirmou por enquanto um morto em Al Fayum.

O órgão, que só se refere às vítimas que foram internadas em seus hospitais, também indicou em seu comunicado que cinco pessoas ficaram feridas em distúrbios nesse povoado, no Cairo e em Minia, ao sul da capital.

Uma fonte de segurança disse à Agência Efe que a Polícia deteve 34 pessoas na mesquita de Yousef al Sadiq em Al Fayum, e 15 na cidade mediterrânea de Alexandria, enquanto a agência oficial "Mena" informou de 39 detenções no Cairo.

As forças de segurança apreenderam armas automáticas e coquetéis molotov durante a operação na mesquita de Al Fayum, segundo a fonte.

As universidades de Al-Azhar e do Cairo foram de novo um dos palcos onde as manifestações foram dispersadas à força pela Polícia.

Nos arredores da segunda, onde ontem morreu um estudante, explodiram confrontos entre os simpatizantes da confraria e vizinhos opositores.

A Coalizão para a Defesa da Legitimidade, formada pela Irmandade e outros grupos afins, convoca manifestações contínuas para rejeitar o golpe militar que depôs o presidente islamita Mohamed Mursi em julho passado e a posterior repressão de seus seguidores.

Os protestos de hoje acontecem na véspera do anúncio dos resultados oficiais do referendo constitucional, realizado nos dias 14 e 15 de janeiro no meio do boicote da Irmandade Muçulmana.

Os primeiros resultados divulgados na quarta-feira pela imprensa estatal e privada apontam que a nova Carta Magna foi referendada por mais de 95% dos eleitores, embora reste saber o índice de participação.

A Coalizão para a Defesa da Legitimidade rejeitou os resultados divulgados até o momento e proclamou o "triunfo histórico" do boicote que tinha defendido na consulta. 

*Atualizada às 15h23 do dia 17/01/2014

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoIrmandade MuçulmanaViolência urbana

Mais de Mundo

As vitórias e derrotas de Musk desde a eleição de Donald Trump

Avião da Embraer foi derrubado por sistema de defesa aérea russo, diz agência

FAB deve auxiliar autoridades do Cazaquistão sobre queda de avião fabricado pela Embraer

Trump anuncia embaixador no Panamá e insiste que EUA estão sendo 'roubados' no canal