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Protestos em Hong Kong são assuntos internos, diz China

Estados Unidos apoiam a reivindicação dos manifestantes em Hong Kong, que pedem eleições abertas em 2017


	Manifestantes pró-democracia reunidos perto da sede do governo de Hong Kong
 (Dale de la Rey/AFP)

Manifestantes pró-democracia reunidos perto da sede do governo de Hong Kong (Dale de la Rey/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2014 às 15h52.

Washington - O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, advertiu aos Estados Unidos nesta quarta-feira que os protestos pró-democráticos em Hong Kong são "assuntos internos" e assegurou que nenhum país "toleraria atos ilegais que violem a ordem pública".

"Os assuntos de Hong Kong são assuntos internos da China, e todos os países deveriam respeitar a soberania da China", declarou Wang antes de reunir-se em Washington com o secretário de Estado americano, John Kerry.

Por sua parte, Kerry reiterou que os Estados Unidos apoiam a reivindicação dos manifestantes em Hong Kong, que pedem eleições abertas em 2017.

"Como a China sabe, apoiamos o sufrágio universal em Hong Kong", afirmou o chefe da diplomacia americana, que instou as autoridades dessa região especial administrativa chinesa a exercer a "contenção".

O movimento democrático de Hong Kong, denominado coloquialmente de "revolução dos guarda-chuvas", completou hoje seu quarto dia consecutivo de protestos com a reivindicação por um sufrágio universal sem restrições nas próximas eleições de 2017.

O governo chinês aprovou uma reforma no final de agosto que não permite pleitos abertos para escolher o próximo governante de Hong Kong.

Embora a China tenha advertido desde o princípio contra possíveis ingerências estrangeiras nos protestos, a Casa Branca assegurou nesta segunda-feira que não duvidará em expressar sua posição ao governo chinês, incluído seu respaldo à reivindicação dos manifestantes.

"Acreditamos que a legitimidade básica do chefe executivo de Hong Kong melhorará enormemente se for selecionado por meio do sufrágio universal", assegurou na segunda-feira o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

Hong Kong, que retornou à China em 1997 após mais de 150 anos de domínio britânico, mantém uma ampla autonomia, mas seu chefe executivo foi eleito até agora pelos 1.200 membros de um comitê eleitoral.

Com a reforma implantada pelo governo chinês, têm direito a voto todos os cidadãos, mas os candidatos seguirão sendo escolhidos por um comitê eleitoral.

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