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Protestos causam mais uma demissão na catedral de St. Paul

Graeme Knowles, deão da catedral e seu principal responsável, renunciou hoje com efeito imediato pela discutida gestão da Igreja Anglicana deste protesto

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2011 às 19h51.

Londres - O acampamento dos manifestantes contra o sistema capitalista em Londres causou nesta segunda-feira a segunda demissão na catedral anglicana de St. Paul e deixou em segundo plano o verdadeiro motivo do protesto: os excessos do sistema financeiro.

Graeme Knowles, deão da catedral e seu principal responsável, renunciou hoje com efeito imediato pela discutida gestão da Igreja Anglicana deste protesto, depois que na semana passada o número três da catedral, Giles Fraser, também pedisse demissão.

A renúncia de Knowles, um cargo como o de Fraser, de designação real, acontece após a divulgação que os ativistas têm 48 horas para levantar suas barracas, instaladas em pleno centro financeiro de Londres e aos pés da catedral, uma das atrações turísticas da capital britânica.

A mobilização londrina, que começou há 16 dias dentro da convocação internacional do dia 15 de outubro contra os excessos do sistema financeiro, se transformou em um confronto com a Igreja Anglicana, que permitiu o acampamento, mas não soube conduzi-lo.


Após abrigar as barracas dos manifestantes, a catedral fechou durante uma semana por riscos à saúde pública; e mais tarde os responsáveis pela igreja apostaram que os ativistas sairiam voluntariamente.

Porém, no final da contas, as autoridades de Londres notificaram os ativistas que, em um prazo de 48 horas, devem desmontar suas 200 barracas e todas as instalações que tenham em solo público.

Desde o começo os responsáveis pela catedral evidenciaram dúvidas e divisões sobre lidar com o protesto do qual, segundo o cônego Fraser, reconhecido partidário dos ativistas, Jesus poderia ter participado.

Hoje mesmo o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, admitiu que os assuntos abordados pelos manifestantes são relevantes e que tanto 'a Igreja como a sociedade devem colaborar para que sejam analisados de forma adequada'.


Williams, máxima autoridade da Igreja Anglicana, lamentou a saída do deão de St. Paulo, que justificou sua renúncia pela necessidade de facilitar 'um novo começo' para o conflito.

Knowles, responsável pela decisão de fechar a catedral, informou hoje que, 'com as críticas da imprensa e da opinião pública sobre a catedral, cada vez está mais claro que minha posição como deão de St. Paul era insustentável'.

Um dos ativistas, Joel Benjamin, de 29 anos, destacou aos meios de comunicação britânicos que lamenta a situação, com duas renúncias, e insistiu que o que ocorre 'não é responsabilidade da igreja, mas do sistema financeiro'.

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Londres - O acampamento dos manifestantes contra o sistema capitalista em Londres causou nesta segunda-feira a segunda demissão na catedral anglicana de St. Paul e deixou em segundo plano o verdadeiro motivo do protesto: os excessos do sistema financeiro.

Graeme Knowles, deão da catedral e seu principal responsável, renunciou hoje com efeito imediato pela discutida gestão da Igreja Anglicana deste protesto, depois que na semana passada o número três da catedral, Giles Fraser, também pedisse demissão.

A renúncia de Knowles, um cargo como o de Fraser, de designação real, acontece após a divulgação que os ativistas têm 48 horas para levantar suas barracas, instaladas em pleno centro financeiro de Londres e aos pés da catedral, uma das atrações turísticas da capital britânica.

A mobilização londrina, que começou há 16 dias dentro da convocação internacional do dia 15 de outubro contra os excessos do sistema financeiro, se transformou em um confronto com a Igreja Anglicana, que permitiu o acampamento, mas não soube conduzi-lo.


Após abrigar as barracas dos manifestantes, a catedral fechou durante uma semana por riscos à saúde pública; e mais tarde os responsáveis pela igreja apostaram que os ativistas sairiam voluntariamente.

Porém, no final da contas, as autoridades de Londres notificaram os ativistas que, em um prazo de 48 horas, devem desmontar suas 200 barracas e todas as instalações que tenham em solo público.

Desde o começo os responsáveis pela catedral evidenciaram dúvidas e divisões sobre lidar com o protesto do qual, segundo o cônego Fraser, reconhecido partidário dos ativistas, Jesus poderia ter participado.

Hoje mesmo o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, admitiu que os assuntos abordados pelos manifestantes são relevantes e que tanto 'a Igreja como a sociedade devem colaborar para que sejam analisados de forma adequada'.


Williams, máxima autoridade da Igreja Anglicana, lamentou a saída do deão de St. Paulo, que justificou sua renúncia pela necessidade de facilitar 'um novo começo' para o conflito.

Knowles, responsável pela decisão de fechar a catedral, informou hoje que, 'com as críticas da imprensa e da opinião pública sobre a catedral, cada vez está mais claro que minha posição como deão de St. Paul era insustentável'.

Um dos ativistas, Joel Benjamin, de 29 anos, destacou aos meios de comunicação britânicos que lamenta a situação, com duas renúncias, e insistiu que o que ocorre 'não é responsabilidade da igreja, mas do sistema financeiro'.

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