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Protesto pede por casamento igualitário no parlamento de Taiwan

Protesto tenta fazer frente ao realizado há uma semana contra o casamento gay, no qual os participantes pediam a convocação de um referendo

Protesto: alguns ativistas carregavam cartazes pedindo direitos iguais no protesto (Tyrone Siu/Reuters)
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EFE

Publicado em 28 de novembro de 2016 às 09h48.

Taipé - Milhares de partidários do casamento entre pessoas do mesmo sexo se manifestaram nesta segunda-feira na porta do parlamento de Taiwan, onde é debatida a possível legalização, que, caso seja aprovada, seria a primeira de um país da Ásia.

"Não podemos aceitar uma lei paralela para o casamento homossexual , porque isso é uma discriminação inaceitável", disse Hsu Hsiu-wen, chefe da Aliança pelos Direitos de Uniões Civis, em uma entrevista ao canal "CTV".

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Alguns ativistas carregavam cartazes pedindo direitos iguais no protesto, que tenta fazer frente ao realizado há uma semana contra o casamento gay e no qual os participantes pediam a convocação de um referendo.

Enquanto isso, dentro do parlamento acontecia a segunda sessão pública sobre as emendas à lei, onde partidários de diferentes posições apresentaram suas opiniões.

Um deles foi o advogado Joseph Lin, que defendeu uma lei para homossexuais "sem modificar a definição tradicional de casamento como a união entre um homem e uma mulher", proposta considerada discriminatória pelos defensores do casamento igualitário.

"Aprovar uma lei separada não é necessariamente discriminatório e a realidade é que tanto as emendas ao Código Civil quanto uma lei de casais são dignas de debate", disse ele.

Lin também se mostrou contrário a que o "casamento homossexual" seja abordado em livros, como propõe a emenda ao Código Civil a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

"Os homossexuais merecem respeito total, mas não devemos encorajar nossas crianças a se transformarem em um", afirmou.

Representantes de associações homossexuais em Taiwan responderam a Lin que sua luta não é apenas uma questão de legalidade, mas também para afirmar sua cultura e identidade, e que consideram discriminatório não estar incluídos na lei de casamento como os demais.

Dois projetos de emenda do Código Civil para legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo passaram a primeira leitura parlamentar em 8 de novembro. No dia 17, foram enviados projetos de lei a uma sessão legislativa para a revisão. Nesse mesmo dia, manifestantes contra e a favor do casamento gay se reuniram na porta do parlamento e um pequeno grupo de opositores invadiu o edifício.

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