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UE vai investir US$ 41 milhões em cultura em países pobres

Plano do órgão é usar a verba em países da África, Caribe e Pacífico; festival de cinema já foi beneficiado

O Festival Panafricano de Cinema foi o primeiro evento a receber a verba da UE

O Festival Panafricano de Cinema foi o primeiro evento a receber a verba da UE

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2011 às 13h39.

Bruxelas .- A Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia) apresentou nesta terça-feira um novo programa de ajuda ao setor cultural dos países de África, Caribe e Pacífico (ACP), que contará com um orçamento total de 30 milhões de euros (US$ 41 milhões).

Este anúncio se produz durante o desenvolvimento do Festival Panafricano de Cinema e Televisão de Ouagadougou (Fespaco), organização para a qual a UE destinou 1,74 milhões de euros (US$ 2,4 milhões).

O plano apresentado nesta terça-feira permitirá garantir o sucesso dos programas existentes de apoio ao cinema e à cultura que, entre outras conquistas, possibilitaram a produção do filme chadiano "Um Homem Que Grita", de Mahamat-Saleh Haroun, que foi premiado no Festival de Cannes de 2010.

Também foi graças aos fundos europeus que foi produzido o longa-metragem "O Último Voo Do Flamingo", do diretor moçambicano João Ribeiro, vencedor do prêmio de melhor longa-metragem de ficção no 3º Festival Internacional de Cinema de Luanda.

O comissário de Desenvolvimento europeu, Andris Piebalgs, assegurou que a cultura é um "fator essencial de coesão social e de identidade", assim como um "setor gerador de riqueza e emprego".

"Meu desejo é que nossa ajuda ao setor cultural contribua para o desenvolvimento econômico, social e também político dos países da ACP", declarou na nota.

Este novo programa facilitará subvenções em todas as etapas da elaboração da obra, desde a criação e a produção até a distribuição, a difusão e a promoção.

A primeira convocação de propostas do programa permitirá financiar atividades por um valor de 12 milhões de euros, dos quais sete milhões serão destinados a cinema e, cinco milhões às "demais indústrias culturais".

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