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Protesto contra recessão na Europa paralisa Frankfurt

Manifestantes anticapitalistas do movimento Blockupy bloquearam o acesso aos edifícios do Banco Central Europeu (BCE) e do Deutsche Bank, em Frankfurt

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2013 às 16h31.

Frankfurt - Manifestantes anticapitalistas do movimento Blockupy paralisaram nesta sexta-feira Frankfurt, o centro financeiro da Alemanha, bloqueando o acesso aos edifícios do Banco Central Europeu (BCE) e do Deutsche Bank.

As pessoas que protestavam contra as políticas de austeridade da Europa, estimadas em 1.500 pela polícia e em 3.000 pelo Blockupy, chegaram nas primeiras horas do dia ao distrito financeiro de Frankfurt para interromper os negócios nas instituições, que o movimento responsabiliza pela profunda recessão em países da zona do euro.

A polícia de choque, recebida com pedras e bombas de tinta, usou spray de pimenta para impedir que os manifestantes invadissem o BCE. Vários participantes do protesto ficaram feridos e a polícia fez algumas detenções, mas não deu detalhes.

"O objetivo deste bloqueio é impedir as operações normais no BCE", disse o porta-voz do Blockupy, Martin Sommer, acrescentando que os manifestantes fizeram com que algumas pessoas que tentavam chegar ao trabalho voltassem para casa.

Os participantes da ação portavam cartazes com slogans como "A humanidade antes do lucro" e alguns levaram colchões infláveis ​​com a inscrição "A guerra começa aqui".

A polícia deslocou para as imediações caminhões com canhões de água. Um helicóptero sobrevoava a área.

O movimento Blockupy da Europa foi formado em 2011, após o norte-americano Ocuppy Wall Street.

Uma das manifestantes, Lena Turowski, de 25 anos, estudante de desenvolvimento internacional, condenou a adoção de medidas de austeridade dos governos europeus para reparar suas economias.

"No momento, eles estão tentando combater a crise com as mesmas medidas que causaram a crise. E as pessoas estão sendo esquecidas", disse ela à Reuters.

"(O protesto) é também em solidariedade àqueles que estão sendo afetados pela austeridade e as crises nos seus países", acrescentou.

Os protestos desta sexta-feira são um prelúdio para manifestações marcadas para toda Europa no sábado, dia 1o de junho, e coincidem com novos dados divulgados pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat, mostrando que o desemprego da zona do euro atingiu um novo recorde em abril, de 12,2 por cento.

Em luta contra os pesados encargos da dívida pública, os governos cortaram gastos e elevaram os impostos, contribuindo para a recessão generalizada em toda a zona do euro. Muitas famílias estão amplamente endividadas ou perderam suas casas depois do estouro de bolhas imobiliárias. No entanto, a economia da Alemanha tem sido bastante resistente à crise.

Ao longo do dia, centenas de manifestantes se espalharam pelo aeroporto de Frankfurt e a principal avenida comercial da cidade, onde invadiram lojas de moda e bloquearam entradas dos estabelecimentos, impedindo o acesso dos consumidores.

A polícia usou cassetetes para manter os manifestantes fora do principal terminal do aeroporto e só permitiu a entrada de pessoas com bilhetes de voo.

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