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Prostituta chama agentes de segurança de Obama de "tolos"

No total, 12 agentes americanos, que se encontravam em Cartagena antes da chegada de Obama à cidade, estão envolvidos no escândalo

Dania reconheceu que guarda alguns fatos sobre o ocorrido em abril em Cartagena, pois tem ofertas para contar sua história em troca de dinheiro (©AFP/Arquivo / Paul J. Richards)

Dania reconheceu que guarda alguns fatos sobre o ocorrido em abril em Cartagena, pois tem ofertas para contar sua história em troca de dinheiro (©AFP/Arquivo / Paul J. Richards)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2012 às 16h18.

Bogotá - A prostituta colombiana Dania Londoño, centro do escândalo protagonizado por agentes do serviço secreto dos Estados Unidos em Cartagena durante a VI Cúpula das Américas, chamou nesta sexta-feira os guarda-costas do presidente americano, Barack Obama, de "tolos".

"São uns tolos", disse a mulher em sua primeira entrevista sobre o assunto à emissora colombiana "W Rádio". No total, 12 agentes americanos, que se encontravam em Cartagena antes da chegada de Obama à cidade, estão envolvidos no escândalo. Pelo menos nove deles foram afastados por contratar prostitutas, segundo o jornal "The Washington Post".

Dania, de 25 anos e mãe de uma criança, afirmou que passou uma madrugada com um dos agentes, com quem teve relações sexuais em troca de US$ 800. A mulher falou que não sabia do nome do acompanhante nem que ele pertencia aos serviços de segurança de Obama, pois se soubesse "teria feito mil perguntas".

A prostituta contou que conheceu o agente em um clube noturno onde estava e falou que nenhum dos agentes mostraram placas ou se identificaram como membros dos serviços secretos. "Eram como qualquer outro gringo", disse Diana, que comentou que após o escândalo passou uns dias em Dubai para fugir do assédio da imprensa.

A mulher disse que os estrangeiros "estavam excessivamente bêbados, pedindo licor". No entanto, destacou que não escutou falarem sobre drogas. "Somente tomavam álcool e dançavam", falou.

Dania ainda lembrou que o homem falou em "sexo" e ela respondeu que aceitava, mas em troca de US$ 800. A mulher disse que ele a levou ao Hotel Caribe, onde estava hospedado junto com outros membros dos serviços de segurança americano, e que ficou lá até o outro dia, até que recebeu uma chamada da recepção pedindo que ela abandonasse o quarto.

Dania pediu o dinheiro, mas o agente a insultou e só lhe deu 50 mil pesos (pouco mais de US$ 28). Com isso, ela foi ao quarto de outro agente e depois chamou a Polícia. Após quase quatro horas de escândalo, outros agentes reuniram US$ 250 dólares e ela saiu do hotel.

A colombiana é esteticista e trabalha como assistente em congressos em Cartagena, o primeiro destino turístico da Colômbia. O escândalo revelou a sua vida dupla, inclusive, para sua família. Portanto, a mulher diz que não seria capaz de refazer sua vida na Colômbia.

A entrevista foi realizada em Madri e Dania reconheceu que guarda alguns fatos sobre o ocorrido em abril em Cartagena, pois tem ofertas para contar sua história em troca de dinheiro.

Após a polêmica, Dania disse que decidiu sair da prostituição. "Isto me deixou curada. Não o penso voltar a fazer. Isto morreu em minha vida", assegurou.

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