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Promotores que investigam corrupção são transferidos

Poder Judiciário turco mudou de posto 96 promotores e juízes, muitos deles com participação na investigação de casos de corrupção que afetam o governo

O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyp Erdogan: segundo o governo, as investigações são uma "conspiração" (Kiyoshi Ota/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 09h25.

Istambul - O Alto Conselho do Poder Judiciário turco mudou de posto 96 promotores e juízes, muitos deles com participação na investigação de casos de corrupção que afetam o governo, o que segundo a oposição representa um novo enfrentamento entre o Executivo e a judiciário, informou nesta quarta-feira o jornal "Hürriyet Daily News".

A medida foi anunciada no final da noite de ontem e afeta sobretudo juristas relacionados com as diversas investigações sobre supostos esquemas de corrupção realizadas nas últimas semanas e que atingem altos cargos do governo.

O caso de um dos promotores afastado é especialmente chamativo, já que o Partido Republicano do Povo (CHP), o principal da oposição, divulgou a transcrição de uma ligação telefônica na qual o subsecretário de Justiça pede ao funcionário que interrompa uma investigação que afeta um candidato a prefeito do governamental Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP).

"Agora mesmo vá revogar a ordem de detenção ou sofrerá as consequências", teria dito no final da conversa o subsecretário, segundo o documento.

O promotor, Hüseyin Bas, não reagiu e está agora na lista dos 96 juristas transferidos.

Desde que em 17 de dezembro uma onda de detenções revelou vários esquemas de corrupção que afetam pessoas próximas ao AKP e ao Executivo, as autoridades políticas ordenaram a suspensão ou transferência de dezenas de policiais, juízes e promotores relacionados com as investigações.

Segundo o governo, as investigações são uma "conspiração" dos seguidores de Fethullah Gülen, islamita exilado nos Estados Unidos e ex-aliado do AKP e do primeiro-ministro Recep Tayyp Erdogan .

Durante visita a Bruxelas ontem, Erdogan voltou a insistir que a Turquia enfrenta a uma conspiração internacional, por trás da qual estão "os mesmos que sequestraram o "Mavi Marmara"", embarcação enviada a Gaza em 2010 e interceptada por Israel.

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A medida foi anunciada no final da noite de ontem e afeta sobretudo juristas relacionados com as diversas investigações sobre supostos esquemas de corrupção realizadas nas últimas semanas e que atingem altos cargos do governo.

O caso de um dos promotores afastado é especialmente chamativo, já que o Partido Republicano do Povo (CHP), o principal da oposição, divulgou a transcrição de uma ligação telefônica na qual o subsecretário de Justiça pede ao funcionário que interrompa uma investigação que afeta um candidato a prefeito do governamental Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP).

"Agora mesmo vá revogar a ordem de detenção ou sofrerá as consequências", teria dito no final da conversa o subsecretário, segundo o documento.

O promotor, Hüseyin Bas, não reagiu e está agora na lista dos 96 juristas transferidos.

Desde que em 17 de dezembro uma onda de detenções revelou vários esquemas de corrupção que afetam pessoas próximas ao AKP e ao Executivo, as autoridades políticas ordenaram a suspensão ou transferência de dezenas de policiais, juízes e promotores relacionados com as investigações.

Segundo o governo, as investigações são uma "conspiração" dos seguidores de Fethullah Gülen, islamita exilado nos Estados Unidos e ex-aliado do AKP e do primeiro-ministro Recep Tayyp Erdogan .

Durante visita a Bruxelas ontem, Erdogan voltou a insistir que a Turquia enfrenta a uma conspiração internacional, por trás da qual estão "os mesmos que sequestraram o "Mavi Marmara"", embarcação enviada a Gaza em 2010 e interceptada por Israel.

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