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Promotor da Argentina pede 12 anos de prisão para Cristina Kirchner por corrupção

A promotoria acusa a também ex-presidente de ter destinado de modo irregular dezenas de obras viárias a um empresário aliado

A promotoria calcula o montante roubado dos cobres públicos em cerca de US$ 1 bilhão (Daniel Jayo/Getty Images)

A promotoria calcula o montante roubado dos cobres públicos em cerca de US$ 1 bilhão (Daniel Jayo/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de agosto de 2022 às 18h50.

Última atualização em 22 de agosto de 2022 às 18h54.

O promotor federal Diego Luciani pediu nesta segunda-feira, 22, que a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, seja condenada a 12 anos de prisão e inabilitada para exercer cargos públicos. A promotoria acusa a também ex-presidente de ter destinado de modo irregular dezenas de obras viárias a um empresário aliado.

Luciani afirma que Cristina Kirchner cometeu delitos de associação ilícita e fraude contra o Estado, durante seu governo na Presidência entre 2007 e 2015. "Estamos ante a maior manobra de corrupção já conhecida no país", afirmou o promotor.

A promotoria calcula o montante roubado dos cobres públicos em cerca de US$ 1 bilhão. A ex-presidente tem negado as acusações e diz que o tribunal encarregado do caso já tem há três anos "escrita e até assinada" a sentença contra ela.

A vice-presidente Argentina anunciou nesta segunda-feira, 22, que pediria ao Tribunal Federal do seu país que a julgue por suposta corrupção. Isto permitiria que ampliar sua defesa das acusações que pesam contra ela.

"Instruí meu advogado para que, para poder exercer efetivamente meu direito de defesa no julgamento, solicite a prorrogação de minha manifestação preliminar para a audiência de amanhã, 23 de agosto", disse a ex-presidente (2007-2015) em sua conta no Twitter.

O caso está em juízo desde 2019 por supostas concessões irregulares para obras a um empresário próximo à ex-presidente.

Segundo a vice-presidente, este processo judicial carecia de provas e os procuradores, "em flagrante violação do princípio da defesa em juízo, levantaram questões na sua acusação que nunca tinham sido levantadas".

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