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Crise na Argentina com inflação galopante: passagem de ônibus deve aumentar 40%

Tarifas do transporte público serão reajustadas em Buenos Aires; aumento de preços pode chegar a 90% até o final do ano e déficit já soma o equivalente a US$ 30 bilhões

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Protesto contra inflação na Argentina: passagens de ônibus serão reajustadas em 40% (Anita Pouchard Serra/Bloomberg via Getty Images/Getty Images)

Protesto contra inflação na Argentina: passagens de ônibus serão reajustadas em 40% (Anita Pouchard Serra/Bloomberg via Getty Images/Getty Images)

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Carla Aranha

Publicado em 26 de julho de 2022 às, 11h41.

Última atualização em 26 de julho de 2022 às, 11h50.

Em meio a uma inflação de mais de 60% e uma forte desvalorização do peso frente ao dólar, a Argentina deve reajustar as tarifas do transporte público em Buenos Aires no próximo mês. Os aumentos devem ser de 40%. O preço mínimo da passagem de ônibus deve passar de 18 para 25 pesos, segundo as autoridades locais, encerrando um congelamento que vinha sendo mantido desde 2019. Os passes de trem e metrô também serão reajustados.

A ideia é reduzir subsídios ao transporte público para controlar o defícit fiscal. O país está mergulhado em uma das piores crises de sua história, com a perspectiva de uma inflação de 90% até o final do ano e aumentos da taxa básica de juros que já passam de 52%. O déficit primário chegou a 755,9 bilhões de pesos (cerca de 30 bilhões de dólares) no primeiro semestre, equivalente a quase 1% do PIB, o que representa um aumento de 263% em relação ao mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo, o dólar subiu 60%.

Para tirar o país da crise, o presidente Alberto Fernández aposta no plano "Argentina Grande", baseado em obras públicas, de saneamento e infraestrutura de transportes. O orçamento previsto é de mais de 835 bilhões de pesos (equivalentes a 6,5 bilhões de dólares). O projeto se apoia na criação de empregos para salvar a economia.

A saída do ministro da economia, Martín Guzmán, neste mês, ainda não deu mostras de alívio para a frágil situação econômica do país. A economista Silvina Batakis, ligada à vice-presidente vice-presidente Cristina Kirchner, assumiu o cargo com a missão de negociar a dívida de 44 bilhões de dólares da Argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e apresentar soluções para a crise.

Essa semana, Batakis se reuniu com credores internacionais em Washington, nos Estados Unidos, e a diretora do FMI, Kristalina Georgieva. A nova ministra da economia também vem mantendo interlocução com o Banco Mundial -- a entidade acaba de anunciar um empréstimo de 200 milhões de dólares para pequenas e médias empresas argentinas. O impasse na economia, no entanto, continua.

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