John Kerry: secretário de Estado dos EUA acrescentou que chegou a Genebra para "juntos (com a Rússia) pôr a prova a vontade do regime sírio de cumprir suas promessas" (Joshua Roberts/Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2013 às 17h31.
Genebra - O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, John Kerry, disse nesta quinta-feira que "as palavras" do regime de Bashar al Assad da intenção de renunciar ao arsenal químico "não são suficientes" eue espera trabalhar junto da Rússia para que isto realmente aconteça.
Sobre o pedido de hoje do governo da Síria de aderir à Convenção Internacional sobre a Proibição de Armas Químicas, Kerry lembrou que neste caso Damasco não pode ambicionar "um processo padrão por causa do modo como o regime se comportou , negando a existência destas armas".
Kerry acrescentou que chegou a Genebra para "juntos (com a Rússia) pôr a prova a vontade do regime sírio de cumprir suas promessas" e enfatizou que embora os Estados Unidos estejam comprometidos com as negociações, mantém aberta a opção militar como meio de pressionar o regime sírio.
"Só a ameaça crível da força levou o regime a reconhecer pela primeira vez que tem um arsenal e que está disposto a renunciar a ele", afirmou o secretário de estado americano.
Sem antecipar os detalhes da proposta russa, Kerry considerou que a melhor alternativa é retirar - EUA e Rússia juntos - todas as armas químicas que houver na Síria, assim como determinar, com Lavrov e os analistas na questão que os acompanham, "a real capacidade de colocá-las sob controle internacional, tirá-las da Síria e destruí-las para sempre".
Kerry disse que este é um momento histórico nos esforços contra a proliferação de armas de destruição em massa: "se conseguirmos vidas serão salvas e diminuirão as ameaças na região".
Para isso, disse que o plano que discutirá hoje e amanhã com Lavrov para acabar com as armas químicas na Síria "tem que ser real, integral, verificável, crível, oportuno e capaz de ser implementado em um período apropriado".
E enfatizou que "deve haver consequências" se o regime de Bashar al Assad não cumprir seus compromissos. "As expectativas são altas para nós e seguramente também para a Rússia", finalizou o chefe americano de Relações Exteriores.