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Projeto paulista transforma sucata em peças artísticas

Grupo reaproveita materiais para decorar ambientes, criar cenários e figurinos para filmes

Usina da Alegria Planetária (Divulgação/Usina da Alegria Planetária)

Usina da Alegria Planetária (Divulgação/Usina da Alegria Planetária)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2011 às 12h52.

São Paulo - Em Cotia, São Paulo, um grupo de 12 artistas se empenha em transformar sucata em peças artísticas. Desde vestidos, CDs velhos, sapatos com um pé só até placas de ônibus, tudo pode ser reutilizado nas mãos dos integrantes da Usina da Alegria Planetária.

A equipe é formada por arquitetos, produtores, cineastas e educadores. Juntos, eles se dedicam a ensinar a comunidade carente da região a empregar práticas de reutilização, capacitando-os e oferecendo oficinas de criatividade.

A ideia de formar o grupo foi do catarinense Kabila Aruanda, formado em artes plásticas, que já havia trabalhado em teatro, cinema, publicidade e moda. No entanto, ele afirma que sempre teve vontade de trabalhar em uma ação voltada à comunidade. “Os amigos se identificaram com o projeto, que foi ganhando mais adeptos e se transformou numa espécie de ateliê compartilhado”, explica Aruanda.

No local há diversos objetos espalhados, desde os doados até os que são encontrados na rua. Tudo é reaproveitado para decorar ambientes da usina, criar cenários e figurinos para filmes. Durante as oficinas aprende-se também a reformar eletrodomésticos descartados, sendo que alguns são consertados e outros são repassados aos moradores locais.

No momento, o grupo está responsável pelo figurino do filme “Rendas no ar”, com previsão de estreia para 2012. As roupas são confeccionadas a partir de retalhos, doações e transformação de materiais.

Há uma iniciativa chamada Sacológicas em que as mulheres da comunidade aprendem a fazer sacolas ecológicas com retalhos e peças de roupas usadas. As peças são vendidas e o dinheiro é revertido para a entidade.

A Usina da Alegria participou do projeto de férias Árvores da Vida, em 2010. O trabalho do grupo foi utilizar materiais oriundos de exposições que entulhavam o galpão do Sesc Pinheiros para melhorar o ambiente da quadra de esportes.

Para que o projeto alcance mais pessoas, uma nova sede será inaugurada até o fim deste ano. Será um espaço maior, com oficinas de dança, teatro e cinema para a comunidade local.

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