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Projeto para criar calcinhas antiestupro gera polêmica

Um casal de empreendedores de NY projetou uma linha de calcinhas contra estupros que gerou nas redes sociais um debate

Mulheres protestam contra estupro na Índia: polêmica é sobre se as vítimas devem se proteger ou, em vez disso, deve-se conscientizar e educar a sociedade (Utpal Baruah/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2013 às 12h49.

Nova York - Um casal de empreendedores nova-iorquinos projetou uma linha de calcinhas contra estupros que gerou nas redes sociais um debate sobre se as vítimas precisam se proteger ou se é preciso educar a sociedade.

A nova linha de roupa, chamada por enquanto "AR Wear" (AR de Antiestupro em inglês), será confeccionada com um material resistente a cortes e arranhões e que só pode ser aberta com uma chave na parte da frente, segundo explicou à Agência Efe uma porta-voz da empresa.

As peças terão uma estrutura reforçada com forma de esqueleto, e correntes nas coxas que poderão ser adaptadas antes de fechá-las, e que uma vez ajustadas não poderão ser deslocadas para os lados.

Além disso, terão uma corrente na cintura similar às das coxas que só poderá ser aberta ao desbloquear uma fechadura semelhante à de cofres, com até 132 combinações.

Os criadores dessa espécie de cinto de castidade medieval, Ruth e Yuval, estão promovendo o projeto por "crowdfunding" na plataforma online "Indiegogo" onde buscam financiamento.

A iniciativa já conseguiu seu primeiro objetivo com uma arrecadação de US$ 52.200, acima dos 50 mil que tinham como meta até 22 de novembro.

Apesar do sucesso da proposta, durante o processo de arrecadação coletiva surgiu uma grande polêmica na internet sobre se as vítimas devem se proteger ou, em vez disso, deve-se conscientizar e educar a sociedade.

A feminista Louise Pennington já escreveu no "Huffington Post" que criar roupa antiestupro é apenas "mais uma maneira" de culpar as mulheres que sofrem abuso, em vez de enfrentar a "epidemia de violência masculina".

Outras críticas na internet consideram que essa ideia faz com que "a responsabilidade de evitar o estupro deixa de estar no estuprador para estar na vítima".

Em contraposição, os criadores do projeto destacam que seu produto é uma "barreira efetiva" para resistir de forma pacífica aos abusadores.

"Aprendemos que a resistência física diminui as possibilidades de violação", defenderam-se Ruth e Yuval.

A porta-voz da AR Wear destacou, ainda, que embora o produto não seja uma "fórmula mágica" para acabar com os estupros, oferece "ferramentas de defesa" que podem ser úteis em alguns ataques.

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A nova linha de roupa, chamada por enquanto "AR Wear" (AR de Antiestupro em inglês), será confeccionada com um material resistente a cortes e arranhões e que só pode ser aberta com uma chave na parte da frente, segundo explicou à Agência Efe uma porta-voz da empresa.

As peças terão uma estrutura reforçada com forma de esqueleto, e correntes nas coxas que poderão ser adaptadas antes de fechá-las, e que uma vez ajustadas não poderão ser deslocadas para os lados.

Além disso, terão uma corrente na cintura similar às das coxas que só poderá ser aberta ao desbloquear uma fechadura semelhante à de cofres, com até 132 combinações.

Os criadores dessa espécie de cinto de castidade medieval, Ruth e Yuval, estão promovendo o projeto por "crowdfunding" na plataforma online "Indiegogo" onde buscam financiamento.

A iniciativa já conseguiu seu primeiro objetivo com uma arrecadação de US$ 52.200, acima dos 50 mil que tinham como meta até 22 de novembro.

Apesar do sucesso da proposta, durante o processo de arrecadação coletiva surgiu uma grande polêmica na internet sobre se as vítimas devem se proteger ou, em vez disso, deve-se conscientizar e educar a sociedade.

A feminista Louise Pennington já escreveu no "Huffington Post" que criar roupa antiestupro é apenas "mais uma maneira" de culpar as mulheres que sofrem abuso, em vez de enfrentar a "epidemia de violência masculina".

Outras críticas na internet consideram que essa ideia faz com que "a responsabilidade de evitar o estupro deixa de estar no estuprador para estar na vítima".

Em contraposição, os criadores do projeto destacam que seu produto é uma "barreira efetiva" para resistir de forma pacífica aos abusadores.

"Aprendemos que a resistência física diminui as possibilidades de violação", defenderam-se Ruth e Yuval.

A porta-voz da AR Wear destacou, ainda, que embora o produto não seja uma "fórmula mágica" para acabar com os estupros, oferece "ferramentas de defesa" que podem ser úteis em alguns ataques.

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