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Programa nuclear norte-coreano entrou em nova fase, diz AIEA

A preocupação é crescente na comunidade internacional após uma série de disparos por parte do país, que também realizou dois testes nucleares em 2016

Coreia do Norte: ambição é obter um míssil balístico intercontinental capaz de atingir o continente americano (KCNA/Reuters)

Coreia do Norte: ambição é obter um míssil balístico intercontinental capaz de atingir o continente americano (KCNA/Reuters)

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AFP

Publicado em 21 de março de 2017 às 11h18.

A Coreia do Norte duplicou nos últimos anos a superfície de suas instalações que produzem urânio enriquecido, advertiu o diretor da Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA), que se refere a uma "nova fase" no programa nuclear de Pyongyang.

Yukiya Amano, diretor-geral da AIEA, considera em uma entrevista ao Wall Street Journal que as capacidades nucleares deste país foram reforçadas.

"A situação é muito ruim (...) Entramos em uma nova fase", afirma na entrevista publicada nesta segunda-feira. "Tudo indica que a Coreia do Norte faz progressos, tal como este mesmo país anunciou.

A preocupação é crescente na comunidade internacional após uma série de disparos de mísseis por parte da Coreia do Norte, que também realizou dois testes nucleares em 2016. Há 15 dias disparou quatro mísseis explicando que se tratava de um exercício com o objetivo de atingir as bases americanas no Japão.

A Coreia do Norte intensifica seus esforços para produzir plutônio e enriquecer urânio em seu complexo de Yongbyon, indicou Amano, que duvida que exista a possibilidade de uma solução diplomática.

A Coreia do Norte tem como ambição obter um míssil balístico intercontinental capaz de atingir o continente americano.

Em janeiro, a Coreia do Sul afirmou que a Coreia do Norte tinha plutônio suficiente para fabricar 10 bombas nucleares, assim como uma capacidade considerável de produção de armas que utilizam o urânio enriquecido.

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