A Sociedade Brasileira de Cardiologia inicia capacitação de três turmas de médicos e enfermeiros, que ficarão a postos para atender a emergências nos estádios (Flávia Albuquerque/AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2013 às 09h50.
São Paulo – Cerca de 80 profissionais entre médicos, fisioterapeutas e enfermeiros estão sendo treinados na capital paulista para atender eventuais emergências cardiovasculares que possam acontecer nas arenas esportivas durante a Copa das Confederações.
O treinamento de dois dias termina hoje (6) e é financiado pelo Ministério da Saúde e promovido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
O Treinamento de Emergências Cardiovasculares (Teca) será ministrado em São Paulo, Salvador e no Rio de Janeiro para profissionais de todas as cidades-sede da competição.
Com o aprendizado os profissionais poderão evitar que vítima tenha morte súbita, pois terão condições de diagnosticar e oferecer o primeiro atendimento.
Segundo o coordenador do Centro de Treinamento da SBC, Sérgio Timerman, o Teca tem uma parte teórica e uma prática na qual os alunos aprendem a reconhecer quando a pessoa está sofrendo um infarto, um derrame cerebral ou uma parada cardíaca.
Na parte prática são utilizados bonecos eletrônicos de baixa e alta fidelidade em tamanho natural, que simulam as reações de um ser humano. Os de baixa fidelidade ajudam a simular os atendimentos simples e os de alta fidelidade ajudam em simulações de problemas mais sérios.
“Os manequins têm pulso e podem sofrer infarto ou parada cardíaca. Os alunos fazem a massagem ressuscitadora que, se não for feita adequadamente leva o boneco à morte, mostrando que o aluno não fez os procedimentos corretamente”.
Timerman destacou que é importante ter pessoas capacitadas nos estádios porque já se sabe que em locais com concentrações acima de 1,5 mil pessoas, a probabilidade de acontecer um problema desse tipo aumenta.
“Se tivermos uma parada cardíaca em um evento como esse e a pessoa não for atendida a tempo a possibilidade de falecimento é muito grande. Cada minuto que passa após uma parada cardíaca aumenta em 10% a probabilidade de a vítima morrer. Se não for feito o atendimento no local, não vai adiantar nada.
De acordo com a SBC, nos dias 8 e 10 de junho mais duas turmas farão o Teca no Rio de Janeiro.