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Procuradoria mexicana investigará casos de corrupção da Odebrecht

Esquema de corrupção inclui altos executivos da gigantesca petroleira estatal Pemex

Corrupção na Odebrecht: no caso do México, os pagamentos foram direcionados a funcionários da Pemex no valor de 10,5 milhões dólares, entre 2010 e 2014 (Odebrecht/Divulgação)

Corrupção na Odebrecht: no caso do México, os pagamentos foram direcionados a funcionários da Pemex no valor de 10,5 milhões dólares, entre 2010 e 2014 (Odebrecht/Divulgação)

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AFP

Publicado em 14 de agosto de 2017 às 11h03.

A Procuradoria Geral do México informou neste domingo que levará "às últimas consequências" a investigação sobre os envolvidos no país no esquema de corrupção da empreiteira brasileira Odebrecht, um caso que inclui altos executivos da gigantesca petroleira estatal Pemex.

O jornal O Globo publicou no domingo uma nota que aponta o mexicano Emilio Lozoya, ex-diretor da Petróleos Mexicanos, como receptor de subornos de 10 milhões de dólares em troca do favorecimento a Odebrecht em uma licitação, de acordo com depoimentos de executivos da empresa à justiça brasileira.

As empresas brasileiras Odebrecht e Braskem se declararam culpadas em dezembro, em um tribunal federal de Nova York, pelo pagamento de subornos a funcionários de governos de vários países, recordou a PGR em um comunicado.

No caso do México, os pagamentos foram direcionados a funcionários da Pemex no valor de 10,5 milhões dólares, entre 2010 e 2014.

A Procuradoria mexicana explicou que em sua investigação constam as declarações de 10 servidores públicos e nove ex-funcionários da Pemex que atuaram na concessão de três contratos de obras públicas ao conglomerado brasileiro.

"Também ouvimos os depoimentos de três diretores da empresa, incluindo Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empresa", completou a PGR.

A justiça mexicana informou que está em contato com as autoridades do Brasil para receber informações da empresa.

A PGR revelou ainda que rejeitou um acordo reparatório oferecido por representantes das empresas brasileiras e completou que "sob nenhuma circunstância isto inibirá a punição administrativa e penal dos ex-funcionários e/ou funcionários públicos envolvidos".

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