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Procuradoria espanhola pede 5 anos de prisão a ex-diretor do FMI

O ex-diretor gerente Rodrigo Rato é acusado de fraude aos investidores na saída da bolsa do Bankia, banco que presidiu entre 2010 e 2012

Rodrigo Rato: a supostas irregularidades levaram os atuais diretores a aceitar a devolução de 1,5 bilhão de euros a cerca de 200 mil compradores de ações (Susana Vera/Reuters)

Rodrigo Rato: a supostas irregularidades levaram os atuais diretores a aceitar a devolução de 1,5 bilhão de euros a cerca de 200 mil compradores de ações (Susana Vera/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de junho de 2017 às 10h14.

Madri - A Procuradoria Anticorrupção da Espanha pediu cinco anos de prisão para o ex-diretor gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Rodrigo Rato por fraude aos investidores na saída da bolsa do Bankia, banco que presidiu entre 2010 e 2012.

Não obstante, a Procuradoria exime Rato do crime de falsidade contábil atribuído pelo juiz instrutor, Fernando Andreu, segundo o comunicado do Ministério Público divulgado nesta terça-feira.

Resultado da fusão de sete bancos de poupança espanhóis - entidades públicas financeiras - o Bankia saiu da bolsa em julho de 2011, quando era dirigido por Rodrigo Rato, que, além disso, tinha sido ministro da Economia e vice-presidente do governo espanhol entre 1996 e 2004.

Rato foi destituído quando o Bankia foi parcialmente nacionalizado, ao requerer uma injeção milionária de dinheiro público procedente de um empréstimo internacional para cobrir um significativo rombo em suas contas.

As supostas irregularidades no processo de saída da bolsa do Bankia, que foram denunciadas nos tribunais por vários pequenos investidores, levaram os atuais diretores da entidade a aceitar a devolução de 1,5 bilhão de euros a cerca de 200 mil compradores de ações em fevereiro de 2016.

A Procuradoria também atribui o crime de fraude ao ex-vice-presidente do Bankia José Luis Olivas, para quem pede quatro anos de prisão; ao ex-conselheiro José Manuel Fernández Norniella (três anos) e ao ex-conselheiro-delegado Francisco Verdú (dois anos e sete meses), e exonera os outros 28 acusados previamente pelo juiz.

Além disso, pede que seja imposta uma multa de 60 mil euros a cada um dos quatro acusados, o testemunho do ex-governador do Banco da Espanha, Miguel Ángel Fernández Ordóñez, dos demais técnicos do organismo que já prestaram depoimento e do atual presidente do Bankia, José Ignacio Goirigolzarri.

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