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Procuradores investigam possível motivação terrorista em ataque na Holanda

O turco Gokmen Tanis e duas pessoas estão detidas após o tiroteio que deixou três mortos em Utrecht

Holanda: as vítimas holandesas foram identificadas como uma mulher de 19 anos e dois homens de 28 e 49 anos (Piroschka van de Wouw/Reuters)

Holanda: as vítimas holandesas foram identificadas como uma mulher de 19 anos e dois homens de 28 e 49 anos (Piroschka van de Wouw/Reuters)

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Reuters

Publicado em 19 de março de 2019 às 10h37.

Amsterdã — Procuradores da Holanda disseram nesta terça-feira que estão investigando uma possível motivação terrorista para o ataque a tiros em um bonde da cidade de Utrecht, que deixou três mortos e cinco feridos.

Gokmen Tanis, um turco de 37 anos, foi preso depois de uma caçada humana das forças de segurança na segunda-feira e continua sob custódia.

Procuradores disseram que ele é suspeito pelas três mortes, possivelmente com intenção terrorista. Dois outros suspeitos também estão sob custódia, informou a polícia, mas seu papel não está claro.

"Até o momento, uma motivação terrorista está sendo cogitada seriamente", disseram procuradores em um comunicado, citando "a natureza do ataque a tiros e uma carta encontrada no carro da fuga".

Mas ainda não está claro se Tanis, que tem um histórico de confrontos com as forças da lei, agiu devido a crenças políticas ou por vingança pessoal. "Outros motivos não estão sendo descartados", disse o comunicado.

Pela lei holandesa, Tanis precisa comparecer diante de um juiz até quinta-feira, mas não tem que ser acusado de imediato.

As três vítimas holandesas foram identificadas como uma mulher de 19 anos e dois homens de 28 e 49 anos. Três outras, de idades que variam entre 20 e 74 anos, estão gravemente feridas.

Procuradores disseram que até agora não conseguiram estabelecer uma conexão entre as vítimas e o suposto atirador.

"É muito triste que coisas assim aconteçam no mundo nestes dias", disse Rene van Nieuwenhuizen, contadora e moradora de Utrecht, cidade pitoresca de 340 mil habitantes. "Não acho que acontecerá comigo, mas acontece, e por isso pessoas são mortas".

Mahmut Tanis, tio de Gokmen que mora na Holanda, disse à agência estatal de notícias turca Anadolu que duvida de uma motivação radical.

"Olhando a situação do meu sobrinho, a possibilidade de que o que ele fez foi um ataque terrorista é baixa", disse, acrescentando que não o via há anos e que suas ações podem derivar de "assuntos do coração".

Tanis já havia sido preso, afirmaram procuradores, mas sem dar detalhes. Nem Tanis nem qualquer advogado que o represente comentaram de imediato.

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, convocou reuniões emergenciais imediatamente após o incidente, ocorrido três dias depois que um atirador solitário matou 50 pessoas em um massacre a tiros em duas mesquitas da cidade de Christchurch, na Nova Zelândia.

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