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Procurador-geral diz que autores de atentado a Maduro foram identificados

O procurador-geral responsabilizou o governante colombiano pelo ataque e afirmou que os autores do ataque e o local no qual os materiais foram guardados

O procurador afirmou que o ataque se tratava de um massacre porque estavam presentes chefes de poderes públicos e o alto comando militar (Miraflores Palace/Reuters)

O procurador afirmou que o ataque se tratava de um massacre porque estavam presentes chefes de poderes públicos e o alto comando militar (Miraflores Palace/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de agosto de 2018 às 14h02.

Caracas - O procurador-geral da Venezuela, Tareq William Saab, anunciou nesta segunda-feira que foram identificados todos os autores materiais do atentado que o presidente Nicolás Maduro garante ter sofrido no sábado e do qual responsabiliza o governante colombiano, Juan Manuel Santos.

"Foram identificados todos os autores materiais do fato e seus colaboradores imediatos. Também foi estabelecido o lugar em que os autores materiais se alojaram nos dias anteriores à tentativa de magnicídio", disse o procurador-geral na primeira entrevista coletiva desde que ocorreu o incidente.

Saab indicou que também foram identificados "os explosivistas que armaram os artefatos" e estabelecidas "as principais conexões internacionais dessas pessoas", sem mencionar qualquer nome.

Maduro interrompeu no sábado um ato com militares no centro de Caracas depois de vários drones carregados explosivas detonaram próximo do local onde estava o presidente, informação que foi ratificada pelo Ministério Público.

"Foi uma tentativa não somente de magnicídio, porque o principal alvo era a figura do presidente, mas eu poderia qualificá-lo como uma tentativa de massacre porque estávamos lá presentes chefes de poderes públicos e o alto comando militar", ressaltou hoje Saab.

O procurador reiterou que estes explosivos feriram oficiais da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militarizada) assim como causaram danos a edificações próximas.

Saab adiantou que graças à apuração feita até agora pelos quatro investigadores designados pelo Ministério Público já "se sabe os locais onde operaram os dois drones" e foram obtidas "provas de interesse".

"No dia do fato foram detidas em flagrante duas pessoas que operavam um dos drones. Há testemunhas que viram o aparelho decolar e os identificaram", explicou o procurador, que afirmou que as investigações continuam.

Segundo o governo, as seis pessoas que foram detidas serão acusadas pela Procuradoria pelos crimes de traição à pátria, homicídio intencional qualificado em grau de frustração, homicídio frustrado e lesões graves, lançamento de bomba em reuniões públicas, terrorismo, formação de quadrilha e financiamento do terrorismo.

 

 

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