Problemas de saúde acompanham jovens sobreviventes de câncer
Estes jovens também são mais propensos a registrar sobrepeso ou problemas mentais
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2012 às 13h15.
Washington - As pessoas que superaram um câncer durante sua adolescência são mais propensas em relação às que nunca tiveram a doença a se envolver em comportamentos de risco, como fumar, ou desenvolver outros problemas de saúde, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira.
Estes jovens também são mais propensos a registrar sobrepeso ou problemas mentais, de acordo com uma pesquisa da Sociedade Americana do Câncer.
"Existem muitos fatores que jogam a favor disso", destacou o autor do estudo Eric Tai, do Centro americano para o controle de doenças.
"Em parte, (este resultado) deve-se ao fato de que o adolescente ou o jovem adulto sobrevivente do câncer não é consciente de sua história médica e não está ciente dos riscos em longo prazo associados ao seu câncer e ao seu tratamento", afirmou à AFP.
"Por isso, (os pacientes) podem ser envolvidos em comportamentos (arriscados) sem conhecer suas consequências em longo prazo", acrescentou.
Além disso, as pessoas diagnosticadas com câncer entre os 15 e os 29 anos registram uma maturidade diferente em relação aos sobreviventes da doença mais velhos, e tendem a suportar a doença de forma diferente, acrescentou.
Por sua vez, este grupo não realiza um acompanhamento de sua doença com a mesma frequência que pacientes adultos ou infantis.
"Não há um bom acompanhamento dos sobreviventes de câncer neste grupo (de 15 a 29 anos) em termos de revisão, de check-ups médicos, este tipo de estudos em busca de sinais precoces de futuros problemas", disse.
A análise surge a partir dos dados arrecadados em nível nacional em um estudo conhecido como Sistema de supervisão de fatores comportamentais de risco de 2009.
Os pesquisadores identificaram pessoas que foram diagnosticadas com câncer quando eram adolescentes ou jovens adultas, e compararam sua respostas sobre saúde com as de um grupo de 345.592 pessoas que não sofreram a doença.
Oitenta e um por cento dos entrevistados com câncer foram mulheres e o tipo de câncer mais encontrado foi o de colo de útero (38%), seguido por outros tipos de câncer do aparelho reprodutivo feminino (13%) e melanoma (9%).
Segundo o estudo, os jovens sobreviventes são mais propensos a fumar (26% em comparação com 18% no grupo que nunca teve câncer) e a registrar obesidade (31% contra 27%).
O dobro dos analisados informou que registra algum tipo de deficiência (36% contra 18%), e 24% afirmaram que se encontram em mau estado físico, contra apenas 10% para o grupo que nunca teve câncer.
Os problemas de saúde mental foram mencionados por 20% dos sobreviventes de câncer, o dobro em relação ao grupo controle, e muitos deles não recebem atendimento médico devido aos altos custos (24% contra 15%).
Os jovens sobreviventes de câncer também reportaram altos índices de problemas coronários, de pressão sanguínea, asma e diabetes.
A maioria destes problemas pode ser evitada com um melhor acompanhamento médico, destacou Tai.
"Os provedores de saúde precisam estabelecer linhas de acompanhamento, que incluam informação de potenciais efeitos colaterais, fatores de risco, check-ups e avaliações, orientação psicológica e outras intervenções", destacou.
Washington - As pessoas que superaram um câncer durante sua adolescência são mais propensas em relação às que nunca tiveram a doença a se envolver em comportamentos de risco, como fumar, ou desenvolver outros problemas de saúde, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira.
Estes jovens também são mais propensos a registrar sobrepeso ou problemas mentais, de acordo com uma pesquisa da Sociedade Americana do Câncer.
"Existem muitos fatores que jogam a favor disso", destacou o autor do estudo Eric Tai, do Centro americano para o controle de doenças.
"Em parte, (este resultado) deve-se ao fato de que o adolescente ou o jovem adulto sobrevivente do câncer não é consciente de sua história médica e não está ciente dos riscos em longo prazo associados ao seu câncer e ao seu tratamento", afirmou à AFP.
"Por isso, (os pacientes) podem ser envolvidos em comportamentos (arriscados) sem conhecer suas consequências em longo prazo", acrescentou.
Além disso, as pessoas diagnosticadas com câncer entre os 15 e os 29 anos registram uma maturidade diferente em relação aos sobreviventes da doença mais velhos, e tendem a suportar a doença de forma diferente, acrescentou.
Por sua vez, este grupo não realiza um acompanhamento de sua doença com a mesma frequência que pacientes adultos ou infantis.
"Não há um bom acompanhamento dos sobreviventes de câncer neste grupo (de 15 a 29 anos) em termos de revisão, de check-ups médicos, este tipo de estudos em busca de sinais precoces de futuros problemas", disse.
A análise surge a partir dos dados arrecadados em nível nacional em um estudo conhecido como Sistema de supervisão de fatores comportamentais de risco de 2009.
Os pesquisadores identificaram pessoas que foram diagnosticadas com câncer quando eram adolescentes ou jovens adultas, e compararam sua respostas sobre saúde com as de um grupo de 345.592 pessoas que não sofreram a doença.
Oitenta e um por cento dos entrevistados com câncer foram mulheres e o tipo de câncer mais encontrado foi o de colo de útero (38%), seguido por outros tipos de câncer do aparelho reprodutivo feminino (13%) e melanoma (9%).
Segundo o estudo, os jovens sobreviventes são mais propensos a fumar (26% em comparação com 18% no grupo que nunca teve câncer) e a registrar obesidade (31% contra 27%).
O dobro dos analisados informou que registra algum tipo de deficiência (36% contra 18%), e 24% afirmaram que se encontram em mau estado físico, contra apenas 10% para o grupo que nunca teve câncer.
Os problemas de saúde mental foram mencionados por 20% dos sobreviventes de câncer, o dobro em relação ao grupo controle, e muitos deles não recebem atendimento médico devido aos altos custos (24% contra 15%).
Os jovens sobreviventes de câncer também reportaram altos índices de problemas coronários, de pressão sanguínea, asma e diabetes.
A maioria destes problemas pode ser evitada com um melhor acompanhamento médico, destacou Tai.
"Os provedores de saúde precisam estabelecer linhas de acompanhamento, que incluam informação de potenciais efeitos colaterais, fatores de risco, check-ups e avaliações, orientação psicológica e outras intervenções", destacou.