Problema na gravidez é maior causa morte de jovens pobres
Organização Mundial da Saúde marcou uma reunião para discutir como diminuir o número de adolescentes que morrem por complicações na gestação
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2012 às 16h08.
Genebra - As complicações na gravidez e no parto são a causa de morte mais comum de adolescentes de entre 15 e 19 anos nos países pobres e em vias de desenvolvimento, onde as gestações precoces também representam um grande impacto nos sistemas de saúde por conta dos problemas sanitários que geram.
Este é um dos temas tratados nesta terça-feira pelo Comitê Executivo da Organização Mundial da Saúd e (OMS), reunido nesta semana em Genebra, onde os países-membros buscam fórmulas para frear o elevado número de casos de gravidez precoce.
Os nascimentos de filhos de mães adolescentes representam 11% do total mundial, uma porcentagem que chega a 23% quando são contabilizadas as doenças e problemas de saúde derivados da gestação e do parto.
Além disso, existe uma forte ligação entre a gravidez precoce e os abortos praticados em condições inapropriadas.
Segundo dados de 2008, são praticados anualmente em jovens mulheres de entre 15 e 19 anos de países em desenvolvimento aproximadamente 3 milhões de abortos sem as condições médicas adequadas.
A OMS destaca que a gestação precoce também é perigosa para os bebês, com taxas de morte no parto, na primeira semana e no primeiro mês que são até 50% superiores em adolescentes do que em mulheres de entre 20 e 29 anos.
'Quanto mais jovem é a mãe, maior é o risco. As taxas de nascimentos prematuros, pouco peso ao nascer e asfixia do bebê são maiores entre os filhos das adolescentes. Todas estas condições aumentam a probabilidade de morte e de futuros problemas de saúde para o bebê', explica a OMS.
É preciso levar em conta ainda que as adolescentes têm maior tendência ao alcoolismo e o tabagismo do que as mulheres de mais idade, o que incide na saúde dos bebês.
Também foram destacadas as consequências sociais da gravidez na adolescência, especialmente no caso de meninas solteiras, com elevadas taxas de abandono escolar e, portanto, consequências no desenvolvimento educacional e na contribuição ao crescimento da economia.
'A gestação se relaciona de maneira crescente com um possível motivo de suicídio entre meninas grávidas. Da mesma forma, a gravidez entre meninas solteiras pode derivar em homicídios, sobre a base da manutenção da honra da família', indica a organização.
Para enfrentar o problema, a OMS recomenda frear os casamentos de menores de 18 anos, reduzir o número de casos de gravidez de mulheres de menos de 20 anos, impulsionar o uso de métodos anticoncepcionais, reduzir o sexo forçado entre adolescentes e combater os abortos em condições inadequadas.
Em 2008, segundo a OMS, houve 16 milhões de nascimentos de filhos de mães de entre 15 e 19 anos, 95% dos quais foram registrados em países pobres e em vias de desenvolvimento.
A taxa global de partos de adolescentes caiu de 60 para cada mil em 1990 para 48 para cada mil em 2007, com índices que variam em função da região do planeta: na Ásia a taxa em 2007 foi de 5 para cada mil e na África Subsaariana, de 121 para cada mil.
Genebra - As complicações na gravidez e no parto são a causa de morte mais comum de adolescentes de entre 15 e 19 anos nos países pobres e em vias de desenvolvimento, onde as gestações precoces também representam um grande impacto nos sistemas de saúde por conta dos problemas sanitários que geram.
Este é um dos temas tratados nesta terça-feira pelo Comitê Executivo da Organização Mundial da Saúd e (OMS), reunido nesta semana em Genebra, onde os países-membros buscam fórmulas para frear o elevado número de casos de gravidez precoce.
Os nascimentos de filhos de mães adolescentes representam 11% do total mundial, uma porcentagem que chega a 23% quando são contabilizadas as doenças e problemas de saúde derivados da gestação e do parto.
Além disso, existe uma forte ligação entre a gravidez precoce e os abortos praticados em condições inapropriadas.
Segundo dados de 2008, são praticados anualmente em jovens mulheres de entre 15 e 19 anos de países em desenvolvimento aproximadamente 3 milhões de abortos sem as condições médicas adequadas.
A OMS destaca que a gestação precoce também é perigosa para os bebês, com taxas de morte no parto, na primeira semana e no primeiro mês que são até 50% superiores em adolescentes do que em mulheres de entre 20 e 29 anos.
'Quanto mais jovem é a mãe, maior é o risco. As taxas de nascimentos prematuros, pouco peso ao nascer e asfixia do bebê são maiores entre os filhos das adolescentes. Todas estas condições aumentam a probabilidade de morte e de futuros problemas de saúde para o bebê', explica a OMS.
É preciso levar em conta ainda que as adolescentes têm maior tendência ao alcoolismo e o tabagismo do que as mulheres de mais idade, o que incide na saúde dos bebês.
Também foram destacadas as consequências sociais da gravidez na adolescência, especialmente no caso de meninas solteiras, com elevadas taxas de abandono escolar e, portanto, consequências no desenvolvimento educacional e na contribuição ao crescimento da economia.
'A gestação se relaciona de maneira crescente com um possível motivo de suicídio entre meninas grávidas. Da mesma forma, a gravidez entre meninas solteiras pode derivar em homicídios, sobre a base da manutenção da honra da família', indica a organização.
Para enfrentar o problema, a OMS recomenda frear os casamentos de menores de 18 anos, reduzir o número de casos de gravidez de mulheres de menos de 20 anos, impulsionar o uso de métodos anticoncepcionais, reduzir o sexo forçado entre adolescentes e combater os abortos em condições inadequadas.
Em 2008, segundo a OMS, houve 16 milhões de nascimentos de filhos de mães de entre 15 e 19 anos, 95% dos quais foram registrados em países pobres e em vias de desenvolvimento.
A taxa global de partos de adolescentes caiu de 60 para cada mil em 1990 para 48 para cada mil em 2007, com índices que variam em função da região do planeta: na Ásia a taxa em 2007 foi de 5 para cada mil e na África Subsaariana, de 121 para cada mil.