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Primeiros carregamentos de vacina da Pfizer deixam fábrica nos EUA

Doses devem ser entregues em todos os locais de vacinação identificados pelos estados dentro de três semanas

EUA: vacina da Pfizer é preparada para distribuição (Morry Gash/Getty Images)

EUA: vacina da Pfizer é preparada para distribuição (Morry Gash/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de dezembro de 2020 às 14h30.

Última atualização em 13 de dezembro de 2020 às 14h31.

Os primeiros caminhões carregando lotes da vacina Pfizer/BioNTech contra a covid-19 para uso nos diversos estados dos nos EUA saíram de uma fábrica de Michigan neste domingo. As doses são importantes para tentar frear o surto de coronavírus do país, líder mundial em registros de infectados e mortos pelo vírus, com mais de 16 milhões de casos registrados e 297,5 mil óbitos, segundo informações da Johns Hopkins University.

Os carregamentos colocam em movimento o maior esforço de vacinação da história dos EUA. As dose foram embaladas em caixa de transporte com gelo seco e sensores habilitados para GPS para garantir que cada remessa permaneça à temperatura inferior a -70 C, condição necessária para conservar a vacina.

Inicialmente, a expectativa era de que cerca de 3 milhões de doses fossem liberadas. Na primeira fase, a vacina será aplicada prioritariamente a profissionais de saúde e residentes em asilos. O plano é garantir que haja vacina para dar as duas doses necessárias para proteção total contra covid-19.

Autoridades federais dizem que os primeiros carregamentos de vacina da Pfizer/BioNTech serão direcionados a 145 centros de distribuição nesta segunda-feira, com 425 locais adicionais recebendo remessas na terça-feira, e outros 66 na quarta-feira. A vacina será direcionada a hospitais e outros locais que podem armazená-la na temperaturas exigida. As doses devem ser entregues em todos os locais de vacinação identificados pelos estados dentro de três semanas, informaram autoridades federais.

A agência americana que regula medicamentos e alimentos, a Food and Drug Administration (FDA), autorizou o uso emergencial do imunizante na última sexta-feira (11), declarando que a vacina é altamente protetora e não apresenta grandes problemas de segurança.

Embora os reguladores dos EUA tenham salientado durante meses que atuariam com rigor e independência em suas análises das vacinas contra o novo coronavírus, enfrentaram pressão política nos estágios finais de avaliação do imunizante da Pfizer/BioNTech. E a preocupação de que a autorização possa ter sido feita de maneira apressada pode prejudicar os esforços de vacinação em um país em que o ceticismo sobre as vacinas já está arraigado.

O chefe do FDA disse que a decisão da agência foi baseada na ciência, não na política, apesar da ameaça da Casa Branca de demiti-lo se a vacina não fosse aprovada antes de sábado.

Embora a vacina tenha sido considerada segura, os reguladores do Reino Unido estão investigando reações alérgicas graves. As instruções do FDA aos provedores incluem não fornecer a vacina a pessoas com histórico conhecido de reações alérgicas graves a qualquer um de seus ingredientes.

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