Primeiro museu de arte submarino da Europa é de tirar o fôlego
Senhoras e senhores, preparem-se para um mergulho extraordinário
Vanessa Barbosa
Publicado em 14 de janeiro de 2017 às 10h56.
Última atualização em 14 de janeiro de 2017 às 11h00.
São Paulo - Nesta semana, a Europa inaugurou o seu primeiro museu de esculturas submarino e o primeiro do Oceano Atlântico.
O Museu Atlântico de Lanzarote apresenta o trabalho do escultor britânico Jason deCaires Taylor que, por meio de suas obras, busca promover maior cuidado com os oceanos e compreensão das ecologias marinhas.
Localizado ao largo da costa de Lanzarote, na Espanha, o projeto levou dois anos para ser concluído. Ele consiste em 12 instalações de arte e mais de 300 figuras humanas em tamanho natural.
Embora o museu tenha aberto oficialmente há poucos dias, as fotos sobre o projeto extraordinário já fazem sucesso pelas redes sociais há cerca de um ano. A primeira fase deste museu foi implementada por Taylor em fevereiro de 2016.
O Museu Atlântico foi concebido como um lugar para promover a educação, preservar e proteger o ambiente marinho e natural como parte integrante do sistema de valores humanos.
A intenção é que a instalação se torne um grande recife artificial no futuro, ajudando a conservar o habitat das ilhas Canárias. Desde suas primeiras instalações, a área tem visto um aumento significativo na vida marinha, incluindo tubarões anjo, sardinhas, polvo e esponjas marinhas.
As novas instalações recentemente concluídas incluem uma imensa parede, uma escultura de um jardim botânico que representa a flora e fauna locais e um conjunto de 200 figuras humanas.
Espalhados em uma área de 2.500 metros quadrados, o museu é acessível para mergulhadores. Os visitantes que não desejam entrar na água podem observar as instalações através de embarcações especiais com fundo de vidro.
Em seu site, o artista britânico explica que o pouco contato da maioria das pessoas com os oceanos faz com que as preocupações sobre eles caiam no esquecimento. Ao longo das últimas décadas, perdemos mais de 40% dos nossos recifes de corais naturais.
Segundo ele, a "exposição de um público mais vasto às ecologias marinhas combinada com a função educativa das galerias encoraja o pensamento prolongado sobre a condição do meio ambiente e o papel que os seres humanos podem desempenhar para assegurar sua saúde ou mesmo sua destruição."