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Primeiro-ministro ucraniano nega irregularidade nas eleições

Nikolai Azárov, primeiro-ministro ucraniano, negou que irregularidades foram registradas nas eleições legislativas em resposta às denúncias dos comunistas e da oposição

Ucranianos votam nas eleições legislativas deste domingo em Kiev (AFP)

Ucranianos votam nas eleições legislativas deste domingo em Kiev (AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2012 às 11h35.

Kiev - O primeiro-ministro ucraniano, Nikolai Azárov, negou que tenham ocorrido irregularidades durante as primeiras horas de votação nas eleições legislativas deste domingo.

'Tudo transcorre com normalidade. Em nenhum lugar foram registradas irregularidades. Em cada colégio há muitos observadores e câmeras', disse Azárov após depositar seu voto.

Azárov, líder do governista Partido das Regiões (PR), respondeu às denúncias dos comunistas e da oposição unificada liderada pela ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko.

Os comunistas denunciaram o transporte em ônibus de centenas de eleitores nas regiões de Zaparozhe e Donetsk, tradicional reduto eleitoral do PR, para que votem em vários colégios ao mesmo tempo.

Já o partido de Tymoshenko, Batkívschina (Pátria), diz ter recebido numerosas denúncias de propaganda eleitoral ilícita, compra de votos, expulsão de observadores dos colégios e pressões sobre funcionários públicos.

Tymoshenko, que cumpre sete anos de prisão por abuso de poder, pediu hoje, em mensagem enviada do hospital onde se encontra convalescente de uma hérnia, que os ucranianos votem maciçamente para evitar uma fraude governista.

No entanto, após quase seis horas de votação, apenas 24% dos ucranianos tinham exercido seu direito ao sufrágio em eleições cruciais para as relações entre este país e a União Europeia.


Bruxelas, que adiou a assinatura de um acordo de associação com Kiev após o encarceramento de Tymoshenko, advertiu ao presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, que as eleições serão consideradas uma 'prova de fogo' do compromisso democrático do país.

A esse respeito, o governo ucraniano pediu aos observadores internacionais que façam um esforço de objetividade, enquanto o ex-presidente Leonid Kuchma se mostrou convencido de que o Ocidente acabará por reconhecer os resultados eleitorais.

Para prevenir possíveis protestos, como ocorreu nos protestos pacíficos contra a fraude eleitoral da Revolução Laranja de 2004, a Prefeitura de Kiev proibiu as manifestações públicas na cidade até o dia 12 de novembro.

Mais de 36 milhões de eleitores estão convocados às urnas para escolher 450 deputados, a metade por listas de partidos e o resto por circunscrições majoritárias.

Segundo todas as pesquisas, o PR lidera a corrida eleitoral em intenções de voto com 25%, embora os analistas preveem que perderá um bom número de cadeiras devido ao descontentamento popular com a política de cortes do atual governo. EFE

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