Ben Ali, ex-ditador da Tunísia, está refugiado na Arábia Saudita (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2011 às 19h31.
Túnis - O primeiro-ministro tunisiano, Beji Caid Essebsi, disse nesta sexta-feira que o ex-presidente tunisiano Zine El Abidine Ben Ali merece ser castigado com a pena de morte.
Em seu primeiro discurso à televisão, Essebsi disse que Ben Ali "cometeu erros que o tornam culpado de traição à nação", e que "jamais um chefe de Estado abandona seu cargo e foge, por isso que seu castigo deve ser a forca".
"A meu julgamento, um chefe de Estado - e ao mesmo tempo comandante-em-chefe das Forças Armadas - jamais abandona seu posto e foge, por isso que deveria comparecer perante uma corte que o julgue", ressaltou.
Ben Ali, que fugiu do país em 14 de janeiro, está atualmente refugiado na Arábia Saudita.
Essebsi acrescentou que no próximo domingo será anunciada a composição do novo Governo de transição, que, segundo ele, será "100% tunisiano, sem a presença estrangeira", em referência às críticas da oposição a vários ex-ministros que se incorporaram ao Executivo logo após sair da França, onde viviam.
"A prioridade do novo Governo é o restabelecimento da segurança para que o país recupere um ritmo normal", afirmou o primeiro-ministro.
Ele reconheceu que "a segurança não é um assunto fácil de tramitar, sobretudo quando há fissuras e desequilíbrios".
Ao mesmo tempo, o chefe do Executivo de transição alertou a seus concidadãos que a tarefa que têm pela frente é longa e complexa, por isso que pediu a eles que não esperem "que os assuntos se resolvam em dias, semanas ou meses".
Além disso, Essebsi afirmou que seu Governo se ocupará de investigar os abusos de poder e assegurou "que os culpados serão julgados de acordo com a lei".