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Primeiro-ministro do Nepal perde moção de censura no Parlamento e terá que renunciar

Pushpa Kamal Dahal lidou com um mandato instável e quatro votações anteriores a essa

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 12 de julho de 2024 às 12h32.

O primeiro-ministro do Nepal, Pushpa Kamal Dahal, perdeu nesta sexta-feira uma moção de censura no Parlamento, o que significa que terá que renunciar após ter passado um ano e meio no cargo e depois de sobreviver a quatro outras votações semelhantes em um mandato instável.

Dahal, mais conhecido como "Prachanda" (feroz), ganhou o apoio de apenas 63 dos 275 parlamentares, disse Dev Raj Ghimire, o presidente da Câmara dos Representantes, a câmara baixa do Parlamento nepalês, durante a sessão. Ao todo, 138 deputados votaram contra a permanência de Dahal no poder.

O premiê foi submetido a uma moção de censura apresentada pelos partidos majoritários no Parlamento: o Congresso Nepalês, o Partido Comunista do Nepal - Marxista Leninista Unificado (CPN-UML) e o Partido Janata Samajbadi.

Até recentemente, o CPN-UML era seu parceiro de coalizão, mas, em um movimento nada surpreendente na turbulenta política do Nepal, fechou um acordo com o Congresso Nepalês para formar seu próprio governo e derrubar Dahal.

"Fizemos grandes sacrifícios pelo país e não estamos enfraquecidos, continuaremos a defender a Constituição", comentou o primeiro-ministro antes da votação decisiva.

De acordo com o procedimento estabelecido na Constituição nepalesa, o presidente do país, Ram Chandra Paudel, deve agora convocar os líderes do CPN-UML e do Congresso Nepalês para formar uma nova coalizão.

Os líderes dos dois grupos, Prasad Sharma Oli e Sher Bahadur Deuba, se revezarão no cargo de primeiro-ministro por um ano e meio cada, começando por Oli.

Nos últimos 30 anos, o Nepal teve quase 30 primeiros-ministros, que tentaram estabelecer as bases do Estado apesar da contínua instabilidade institucional.

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