Mundo

Primeiro-ministro da França apresenta renúncia

O primeiro-ministro da França, Jean-Marc Ayrault, apresentou sua renúncia e a de seu governo ao presidente François Hollande

Jean-Marc Ayrault, ex-primeiro-ministro da França: aceitação de Ayrault entre os franceses gira em torno de 25% (AFP/Getty Images)

Jean-Marc Ayrault, ex-primeiro-ministro da França: aceitação de Ayrault entre os franceses gira em torno de 25% (AFP/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2014 às 15h42.

Paris - O primeiro-ministro da França, o socialista Jean-Marc Ayrault, apresentou nesta segunda-feira sua renúncia e a de seu governo ao presidente François Hollande.

Seu anúncio, confirmado em um breve comunicado, vem à tona após uma histórica derrota do Partido Socialista (PS) nas eleições municipais francesas, realizadas ontem, e depois de uma reunião durante duas horas com Hollande, que prepara uma iminente mudança de governo.

O favorito para ser seu substituto à frente do novo Executivo é o atual ministro do Interior, Manuel Valls, tendo em vista que o presidente francês deve oficializar essa nomeação durante um discurso televisivo ainda nesta noite.

Após a ampla derrota do PS nas eleições locais, Ayrault, de 64 anos, disse que o resultado correspondia a uma responsabilidade coletiva, mas que assumia "toda" sua culpa.

O ainda primeiro-ministro, que chegou ao posto em maio de 2012 após a vitória de Hollande nas eleições presidenciais diante de Nicolas Sarkozy, viu sua popularidade cair desde então, assim como o próprio presidente.

Uma recente pesquisa, elaborada pelo instituto BVA para a revista "L"Express", mostra que a aceitação de Ayrault entre os franceses gira em torno de 25%, um ponto menos que o registrado no mês de fevereiro.

Por outro lado, Valls, de 51 anos, é um dos políticos mais populares da França (53%). No entanto, o titular de Interior, situado politicamente na ala mais à direita do PS, não agrada os Verdes, que participam da coalizão de governo e não descartam a possibilidade de sair caso Valls assuma o controle do Executivo, como apontou na última semana a ecologista e ministra da Habitação, Cécile Duflot.

As eleições municipais, realizadas em dois turnos - ontem e no domingo anterior -, estiveram marcadas por uma abstenção recorde, algo próximo de 36,3%.

Os resultados do pleito se mostraram muito negativo para a esquerda, mas muito propício para centro-direita, que recuperou o terreno perdido em 2008, e para os ultradireitistas da Frente Nacional (FN).

A centro-direita, segundo dados ainda provisórios do Ministério do Interior, conseguiu 45,1% dos votos, mais que a esquerda (40,5%), a extrema direita (6,85%) e a extrema esquerda (0,06%).

Acompanhe tudo sobre:EuropaFrançaFrançois HollandePaíses ricosPolíticos

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA