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Primeiro-ministro da Bulgária renuncia após protestos

Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas em Sófia durante enfrentamentos entre a Polícia e cerca de três mil manifestantes que tentavam alcançar o Parlamento


	Boyko Borisov: "Não participarei de um Governo no qual a Polícia briga com a população", afirmou o primeiro-ministro
 (REUTERS/Laurent Dubrule)

Boyko Borisov: "Não participarei de um Governo no qual a Polícia briga com a população", afirmou o primeiro-ministro (REUTERS/Laurent Dubrule)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 06h38.

Sófia - O primeiro-ministro da Bulgária, o conservador Boyko Borisov, apresentou nesta quarta-feira a renúncia do seu Governo após dez dias de intensos protestos populares contra os altos preços da eletricidade.

"A partir de hoje o Governo não tem nada a fazer. Cada gota de sangue para nós é uma mancha. Não posso ver um Parlamento guardado por cercas", disse Borisov no Parlamento, em alusão aos feridos nas manifestações realizadas em várias cidades do país nas duas últimas noites.

Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas ontem à noite em Sófia durante enfrentamentos entre a Polícia e cerca de três mil pessoas que tentavam alcançar o Parlamento.

Esses novos e violentos protestos aconteceram apesar de Borisov ter reagido às manifestações anteriores demitindo o ministro das Finanças, Simeon Djankov, e prometendo reduzir o preço da eletricidade em 8%.

O primeiro-ministro também anunciou que multaria três distribuidoras de eletricidade (a austríaca EVN e as tchecas CEZ e Energo-Pro) e retiraria a licença de uma delas (CEZ), um procedimento já iniciado pelo regulador elétrico búlgaro.

"Ontem fizemos o máximo que podíamos para responder às exigências dos manifestantes", ressaltou nesta manhã o chefe do Governo após anunciar que o Executivo apresentará sua renúncia por volta do meio-dia.

Além disso, aconselhou os 117 deputados do seu partido, o GERB, a também deixarem suas cadeiras. Por fim, Borisov assegurou que a formação não participará de um eventual Governo técnico.

"Não participarei de um Governo no qual a Polícia briga com a população", garantiu.

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