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Primeira morte por coronavírus é confirmada nos EUA

Vítima estava na casa dos 50 anos e internada no estado de Washington. Em resposta, EUA vão aumentar restrições a estrangeiros no país

Trump em conferência após primeira morte por coronavírus: novas restrições a viagens (Joshua Roberts/Reuters)
CR

Carolina Riveira

Publicado em 29 de fevereiro de 2020 às 18h57.

Última atualização em 29 de fevereiro de 2020 às 19h13.

Os Estados Unidos registraram neste sábado, 29, a primeira morte no país em decorrência da doença causada pelo novo coronavírus . A vítima é um homem na casa dos 50 anos que estava internado na região da cidade de Seattle, estado de Washington.

A informação foi dada à CNN pelo doutor Jeffrey Duchin, que trabalha no condado de King, onde o paciente faleceu. Em uma declaração nesta tarde, o presidente Donald Trump e oficiais haviam dito que a vítima era uma mulher na casa dos 60 anos.

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Há outros 67 casos de doença causada pelo coronavírus nos Estados Unidos, segundo as informações mais recentes, que ainda podem ser atualizadas pelo governo nas próximas horas. As autoridades de saúde americanas ainda não forneceram maiores detalhes sobre a paciente que morreu, e afirmaram em nota que falarão sobre o caso ainda na noite deste sábado.

A maioria dos casos americanos aconteceu em pessoas que viajaram à China. Contudo, foram confirmados nesta semana os primeiros casos de transmissão interna, isto é, em uma pessoa que não teve contato com pacientes infectados nos Estados Unidos ou no exterior.

O primeiro caso interno foi anunciado na quarta-feira, 26. Na sexta-feira, 28, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA emitiu um comunicado na noite de sexta-feira citando três casos de origem desconhecida, recentemente diagnosticados pelas autoridades estaduais de saúde pública -- na Califórnia, no Oregon e em Washington, ou seja, em lugares com mais de 1.400 quilômetros de distância entre si. Se confirmados, serão quatro os casos de transmissão interna até agora, aumentando a preocupação sobre a disseminação do vírus no Ocidente.

"É um dia triste em nosso estado à medida em que descobrimos que um cidadão de Washington morreu do Covid-19 [nome da doença causada pelo vírus]", disse o governador do estado, Jay Inslee. "Continuaremos a trabalhar duro rumo a um dia em que ninguém mais morra por causa desse vírus."

O presidente Donald Trump fez uma rápida conferência neste sábado após o anúncio do falecimento em Washington e disse que vai se reunir com empresas farmacêuticas na segunda-feira, 2, para discutir desenvolvimento de vacinas.

"Nosso país está preparado para quaisquer circunstâncias", disse Trump. O presidente disse que novos casos nos Estados Unidos são "prováveis", mas que "indivíduos saudáveis devem se recuperar totalmente".

Autoridades dos Estados Unidos também aumentaram as restrições de viagens a países com muitos casos de coronavírus, como o Irã, que tem 593 casos. O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, responsável por uma comissão de combate ao coronavírus, anunciou que trabalhará também com a Itália e a Coreia do Sul para coordenar a triagem de viajantes que entram nos Estados Unidos vindos desses países.

O secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Alex Azar, disse ainda que o risco para americanos permanece baixo, mas que isso pode mudar rapidamente. "Queremos diminuir a quantidade de viagens de e para as áreas mais afetadas pelo coronavírus", disse.

Durante a coletiva, Trump chegou a dizer que considerava "fortemente" restrições também na fronteira com o México, mas voltou atrás e disse que essa fronteira "não é muito um problema neste momento" -- o México tem somente três casos confirmados.

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