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Previsão de crescimento da América Latina cai com turbulências

Nova estimativa da Cepal diminui em três décimos o crescimento da região em 2011

Alice Bárcena, secretária executiva da Cepal: medo que a crise  afete as exportações da América Latina (Cris Bouroncle/AFP)

Alice Bárcena, secretária executiva da Cepal: medo que a crise afete as exportações da América Latina (Cris Bouroncle/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2011 às 14h41.

Santiago - A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) rebaixou nesta terça-feira em três décimos, para 4,4%, sua previsão de crescimento para a região em 2011, devido ao efeito das turbulências nos mercados.

O organismo decidiu pelo rebaixamento apesar de o valor das exportações da região ter aumentado neste ano em 27%, graças aos maiores volumes e melhores preços, segundo aponta o "Panorama da Inserção Internacional da América Latina e o Caribe 2010-2011", apresentado nesta terça-feira em Santiago.

As exportações crescerão 9% em volume e 18% nos preços, enquanto se prevê aumento de 23% do valor das importações, o que redundaria em um superávit comercial de US$ 80 bilhões para a região, segundo o documento.

A Cepal destacou, além disso, que as trocas lideradas pela China e pelo resto dos países emergentes é atualmente o motor do crescimento do comércio mundial.

O volume das exportações dos países em desenvolvimento cresceu 17% em 2010, comparado com 13% dos países industrializados.

Ao apresentar o relatório, a secretária executiva da Cepal, a mexicana Alicia Bárcena, advertiu que a desaceleração econômica dos países industrializados pode afetar o comércio das nações emergentes nos próximos meses, pois se refletirá em preços internacionais de produtos básicos mais baixos.

O comércio internacional, segundo a Cepal, contribuiu de maneira importante à recuperação das economias depois da crise econômica e financeira de 2008-2009, mas a complexa situação atual dos países desenvolvidos "está começando a afetar as nações emergentes".

O fenômeno poderia provocar um menor ritmo de crescimento das exportações a esses mercados durante 2012. "O impacto específico dessa desaceleração dependerá do tipo de produtos exportados e dos mercados aos quais estes se dirijam", assinalou o relatório.

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