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Pressionada por escândalos, presidente conservadora de Madri renuncia

Cristina Cifuentes é acusada de fraude na obtenção de um título de Mestrado e da divulgação de um vídeo relacionado a uma suspeita de furto

Cristina: ela compareceu perante a imprensa para anunciar sua renúncia "a ser presidente da comunidade de Madri" (Susana Vera/Reuters)

Cristina: ela compareceu perante a imprensa para anunciar sua renúncia "a ser presidente da comunidade de Madri" (Susana Vera/Reuters)

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AFP

Publicado em 25 de abril de 2018 às 08h44.

A presidente conservadora da região espanhola de Madri, Cristina Cifuentes, anunciou sua renúncia, nesta quarta-feira (25), após ser acusada de fraude na obtenção de um título de Mestrado e da divulgação de um vídeo relacionado a uma suspeita de furto em um supermercado.

Denunciando uma "campanha de assédio e de destruição", Cifuentes, figura destacada do Partido Popular do chefe de governo Mariano Rajoy, compareceu perante a imprensa para anunciar sua renúncia "a ser presidente da comunidade de Madri".

Há um mês, Cifuentes estava na corda bamba pelos inúmeros indícios de que teria obtido de forma fraudulenta um Mestrado na universidade pública madrilena Rei Juan Carlos como revelou o jornal digital de esquerda eldiario.es.

Investigado pelo Ministério Público, o escândalo levou a presidente madrilena a renunciar ao Mestrado e serviu para expor outros casos similares de políticos com currículos falsificados, ou com títulos obtidos em condições vantajosas.

Sua situação se agravou nesta quarta-feira, quando o site de notícias ultraconservador okdiario divulgou um vídeo de 2011, no qual se vê Cifuentes pagando o segurança de um supermercado na capital o valor de dois cremes descobertos em sua bolsa.

"Foi um erro involuntário. Em uma compra em um supermercado, levei por erro e sem estar consciente disso produtos de cosmética de 40 euros", disse ela.

A líder conservadora anunciou sua renúncia, alegando que já pretendia fazer isso em 2 de maio, após as celebrações da festa regional de Madri.

Segundo ela, essa decisão quer "evitar que a esquerda governe em Madri", já que, nos próximos dias, deveria ser submetida a uma moção de censura no Parlamento regional de Madri.

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