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Pressão sobre May é por um "Brexit mais suave", diz especialista

O Partido Conservador de Theresa May conquistou 318 lugares; para se formar um governo sem coalizão são necessários 326 votos

Theresa May: "A coalizão que May terá de formar parece caminhar para um Brexit mais suave" (Dan Kitwood/Pool/Reuters)

Theresa May: "A coalizão que May terá de formar parece caminhar para um Brexit mais suave" (Dan Kitwood/Pool/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de junho de 2017 às 18h35.

São Paulo - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, deve conseguir formar um novo governo, mas, por ter de consolidar uma nova coalizão, terá de suavizar o discurso em relação ao Brexit.

A avaliação é do professor de Relações Internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco Demetrius Pereira, especialista em política da União Europeia.

Faltando apenas um dos 650 assentos para ser definido, o Partido Conservador de Theresa May conquistou 318 lugares. Para se formar um governo sem coalizão são necessários 326 votos.

Em encontro com a rainha Elizabeth II, a primeira-ministra disse que pretende continuar a liderar o país.

A premiê busca agora se reaproximar dos Liberais Democratas, que têm 12 cadeiras, e dos Unionistas Democráticos, com 10 cadeiras.

Enquanto os liberais democratas defenderam a permanência do país na União Europeia no plebiscito do ano passado, os unionistas alegaram uma espécie de "soft Brexit", com a manutenção do país no Mercado Comum Europeu.

"A coalizão que May terá de formar parece caminhar para um Brexit mais suave, uma ruptura que não seja tão completa da União Europeia", afirmou o professor.

"Em certa medida, parece que os britânicos se arrependeram do voto no ano passado."

Por outro lado, para o professor, a União Europeia ganhou um novo fôlego.

"Houve um reforço da posição da UE nas negociações do Brexit. O Reino Unido sai mais fragilizado", afirmou.

De acordo com Demetrius Pereira, a onda nacionalista que varreu a Europa desde o ano passado se arrefeceu.

"Foi uma resposta das urnas. Mas a onda nacionalista não acabou", advertiu.

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