Presidente sul-sudanês assina acordo de paz 'com reservas'
Na véspera, o Conselho de Segurança da ONU anunciou que agiria imediatamente se o presidente do Sudão do Sul não assinasse o acordo de paz
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2015 às 14h17.
O presidente sul-sudanês, Salva Kiir, assinou nesta quarta-feira um acordo de paz já referendado pelos rebeldes, que acabará com 20 meses de guerra civil no Sudão do Sul , apesar de expressar sérias reservas sobre vários pontos do documento.
"A paz que assinamos hoje contém tantas coisas que devemos rejeitar (...) Ignorar nossas reservas não seria do interesse de uma paz justa e duradoura", afirmou o chefe de Estado sul-sudanês.
Ele também denunciou "disposições nefastas" do acordo antes de assinar o texto diante de vários dirigentes da região, constatou um jornalista da AFP.
Na véspera, o Conselho de Segurança da ONU anunciou que agiria imediatamente se o presidente do Sudão do Sul não assinasse o acordo de paz nesta quarta, como está previsto.
Os membros do Conselho disseram que estavam dispostos a atuar imediatamente caso Kiir não assine o acordo, segundo informou o embaixador da Nigéria ante la ONU, Joy Ogwu, que preside este mês o organismo.
Mas o porta-voz de Salva Kiir garantiu que o presidente assinaria.
O governo sul-sudanês não está satisfeito com todos os pontos do acordo, negociado pela organização sub-regional IGAD, mas "o presidente vai assiná-lo", acrescentou o porta-voz.
O líder dos rebeldes, Riek Machar, ex-vice-presidente do país mais jovem do mundo, assinou o acordo na segunda-feira passada, mas Salva Kiir se negou a assiná-lo, apesar de um ultimato lançado pela comunidade internacional.
O ponto de discórdia principal é a proposta de divisão do poder entre o governo e os rebeldes, que pode levar Machar de volta à vice-presidência.
Segundo os observadores, o conflito no Sudão do Sul deixou dezenas de milhares de mortos, incluindo muitos civis.
Um total de 2,2 milhões de sul-sudaneses fugiram de suas casas pelos combates e suas sequências de massacres étnicos e atrocidades. Mais de 70% dos 12 milhões de habitantes precisam de ajuda para sobreviver, segundo a ONU, que adverte para uma ameaça de fome.
A guerra destruiu parte do aparato de produção petrolífera, única fonte de recursos do país, que figura entre os menos desenvolvidos do mundo.
O presidente sul-sudanês, Salva Kiir, assinou nesta quarta-feira um acordo de paz já referendado pelos rebeldes, que acabará com 20 meses de guerra civil no Sudão do Sul , apesar de expressar sérias reservas sobre vários pontos do documento.
"A paz que assinamos hoje contém tantas coisas que devemos rejeitar (...) Ignorar nossas reservas não seria do interesse de uma paz justa e duradoura", afirmou o chefe de Estado sul-sudanês.
Ele também denunciou "disposições nefastas" do acordo antes de assinar o texto diante de vários dirigentes da região, constatou um jornalista da AFP.
Na véspera, o Conselho de Segurança da ONU anunciou que agiria imediatamente se o presidente do Sudão do Sul não assinasse o acordo de paz nesta quarta, como está previsto.
Os membros do Conselho disseram que estavam dispostos a atuar imediatamente caso Kiir não assine o acordo, segundo informou o embaixador da Nigéria ante la ONU, Joy Ogwu, que preside este mês o organismo.
Mas o porta-voz de Salva Kiir garantiu que o presidente assinaria.
O governo sul-sudanês não está satisfeito com todos os pontos do acordo, negociado pela organização sub-regional IGAD, mas "o presidente vai assiná-lo", acrescentou o porta-voz.
O líder dos rebeldes, Riek Machar, ex-vice-presidente do país mais jovem do mundo, assinou o acordo na segunda-feira passada, mas Salva Kiir se negou a assiná-lo, apesar de um ultimato lançado pela comunidade internacional.
O ponto de discórdia principal é a proposta de divisão do poder entre o governo e os rebeldes, que pode levar Machar de volta à vice-presidência.
Segundo os observadores, o conflito no Sudão do Sul deixou dezenas de milhares de mortos, incluindo muitos civis.
Um total de 2,2 milhões de sul-sudaneses fugiram de suas casas pelos combates e suas sequências de massacres étnicos e atrocidades. Mais de 70% dos 12 milhões de habitantes precisam de ajuda para sobreviver, segundo a ONU, que adverte para uma ameaça de fome.
A guerra destruiu parte do aparato de produção petrolífera, única fonte de recursos do país, que figura entre os menos desenvolvidos do mundo.