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Presidente mexicana lança campanha nacional de desarmamento

Em troca de uma arma artesanal serão pagos 1.045 pesos (pouco mais de R$ 300). Por uma metralhadora, o valor chega a 26.450 pesos (quase 8 mil reais)

Presidente do México, Claudia Sheinbaum (AFP)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 11 de janeiro de 2025 às 08h44.

Última atualização em 11 de janeiro de 2025 às 08h45.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum , lançou oficialmente nesta sexta-feira, 10, sua campanha contra a proliferação de armas de fogo, no átrio da Basílica de Guadalupe, na Cidade do México.

Batizado como "Sim ao desarmamento, sim à paz", o programa convida os proprietários de armas de fogo a entregá-las nas igrejas de maneira anônima, em troca de dinheiro.

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"Este programa consiste em que, sem investigar ninguém, se há uma arma no lar, que a entreguem, recebam recursos econômicos em troca e a arma seja destruída", disse a presidente durante a cerimônia.

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Uma arma foi simbolicamente destruída por militares. Crianças acompanhadas de seus pais também puderam trocar suas armas de plástico por outros brinquedos.

"Para que ensinar a nossos filhos ou a nossas filhas algo que tenha relação com a violência?", questionou Sheinbaum.

O programa público de desarmamento se estenderá para todo o país, com a colaboração das igrejas mexicanas e sob coordenação dos ministérios de Defesa, Governança (Interior) e Segurança Pública.

Em troca de uma arma artesanal serão pagos 1.045 pesos (pouco mais de R$ 300). Por uma metralhadora, o valor chega a 26.450 pesos (quase 8 mil reais).

Este programa existe desde maio de 2019 na Cidade do México e foi criado pela presidente mexicana quando era prefeita da capital, de 9,2 milhões de habitantes.

Em 2023, o México registrou 31.062 homicídios, dos quais 70% foram cometidos com armas de fogo, de acordo com dados preliminares do instituto nacional de estatística, INEGI.

Três quartos dos homicídios estão relacionados com enfrentamentos entre grupos criminosos pelo controle de rotas e mercados do tráfico de drogas, afirmou, durante o seu mandato, o ex-presidente Andrés Manuel López Obrador (2018-2024).

O governo mexicano abriu processos contra fabricantes de armas americanos, acusando-os de alimentar a violência no México.

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