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Presidente: Maldivas será maior reserva marinha do mundo

Segundo o chefe de Estado, isto significa que só a pesca respeitosa ao meio ambiente e sustentável serão permitidas

O anúncio é "muito significativo" e representa "um grande compromisso" porque uma reserva marinha representa um passo a mais do que uma área marinha protegida (©AFP/Arquivo / Ishara S.Kodikara)

O anúncio é "muito significativo" e representa "um grande compromisso" porque uma reserva marinha representa um passo a mais do que uma área marinha protegida (©AFP/Arquivo / Ishara S.Kodikara)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2012 às 17h52.

Rio de Janeiro - O arquipélago das Maldivas, no Oceano Índico, se tornará a maior reserva marinha do planeta em alguns anos, anunciou esta quarta-feira seu presidente, Mohamed Waheed, na sessão plenária da cúpula das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

"Gostaria de anunciar hoje que as Maldivas serão o primeiro país a se tornar uma reserva marinha. Podemos fazê-lo em pouco tempo. Espero que possamos fazê-lo em cinco anos. Será a maior reserva marinha do mundo", anunciou Waheed.

Segundo o chefe de Estado, isto significa que só a pesca respeitosa ao meio ambiente e sustentável serão permitidas.

As Maldivas são atualmente um santuário para tubarões, tartarugas e muitas espécies marinhas no Oceano Índico. O comércio destas espécies é proibido nas ilhas, lembrou.

"Venho de um dos menores países do planeta (...) Vinte anos atrás, os líderes mundiais adotaram aqui um dos documentos mais históricos de todos os tempos", disse Waheed em alusão à Cúpula da Terra, celebrada no Rio em 1992.

"Em termos de ação, temos muito pouco a mostrar (...) Para milhões de pessoas o futuro parece sombrio", lamentou.

O anúncio é "muito significativo" e representa "um grande compromisso" porque uma reserva marinha representa um passo a mais do que uma área marinha protegida, disse Sue Lieberman, diretora adjunta da ONG americana Pew Environment Group.

"Tecnicamente, uma reserva marinha é onde não há uso extrativo, não há pesca industrial, não há mineração. É o equivalente a um parque nacional em terra", mas permite a pesca e a navegação recreativa, explicou.

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