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Presidente interino da Tunísia diz que ninguém será excluído da vida política

Fued Mebaza afirmou que sua missão é "formar um Governo de união nacional de acordo com o interesse superior do país".

Tunisianos residentes na Bélgica comemoram queda de Ben Ali (Reuters)

Tunisianos residentes na Bélgica comemoram queda de Ben Ali (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2011 às 20h01.

Túnis - O presidente interino da Tunísia, Fued Mebaza, assegurou neste sábado que nenhum cidadão será excluído do processo político que deve ser iniciado depois que o anterior chefe do Estado, Zine el Abidine Ben Ali, abandonou o país em decorrência das revoltas populares.

Em um breve discurso proferido durante o juramento de seu cargo e transmitido pela rede de televisão estatal, Mebaza confirmou a permanência de Mohamed Ghannouchi como primeiro-ministro e disse que sua missão será a de "formar um Governo de união nacional de acordo com o interesse superior do país".

"Todos os tunisianos, sem exceção nem exclusão, serão vinculados ao processo político", afirmou o novo líder da Tunísia, que até agora exercia a Presidência do Parlamento e que na manhã deste sábado foi nomeado ao cargo pelo Conselho Constitucional.

Diante do presidente do Senado, Abdellah Kallel, e representantes das duas câmaras do Parlamento, Mebaza jurou fidelidade aos princípios constitucionais e prometeu defender o pluralismo e a democracia.

O Conselho Constitucional declarou neste sábado uma "ausência de poder" e nomeou Mebaza presidente interino em substituição do até então primeiro-ministro Mohamed Ghannouchi, que na sexta-feira havia assumido a chefia do Estado como é determinado pela Constituição local.

O período fixado pela Constituição para a Presidência interina é de até 60 dias. Em seguida, devem ser convocadas eleições presidenciais.

Ainda de acordo com a legislação da Tunísia, o presidente interino não poderá apresentar sua candidatura à Presidência da República nas eleições.

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