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Presidente elogia plano de retirada das tropas americanas

O presidente afegão elogiou a retirada gradual das forças americanas do Afeganistão

Policiais em Cabul: "o governo afegão comemora esta decisão", diz comunicado (Wakil Kohsar/AFP)
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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 14h07.

Cabul - O presidente afegão, Hamid Karzai, elogiou, nesta quarta-feira, em um comunicado, a retirada gradual das forças americanas do Afeganistão , proposta ontem pelo presidente americano, Barack Obama .

"O governo americano anunciou que reduzirá até zero o número de suas tropas no Afeganistão até o final de 2016", declarou Karzai em um comunicado da presidência afegã.

"O governo afegão comemora esta decisão", acrescentou.

"Acabar com a presença americana e fazer com que as forças afegãs assuma (a responsabilidade) das questões de segurança tem sido um dos principais pedidos do presidente, do governo e do povo do Afeganistão", considerou Karzai.

O presidente pediu aos insurgentes para que "aproveitem esta oportunidade histórica para acabar com a guerra, que foi lançada sob o pretexto da presença das tropas estrangeiras".

"O governo afegão agradece a comunidade internacional o seu apoio e espera que as forças de segurança protejam a segurança do povo e a integridade territorial do país".

O presidente Barack Obama propôs na terça-feira manter 9.800 soldados americanos no Afeganistão depois de 2014.

Obama disse que plano de manter os militares dependerá da assinatura de um acordo de segurança adiada várias vezes pelo governo de Cabul.

Confirmando os planos de uma retirada total das tropas americanas até o final de 2016, Obama manifestou esperança de que os candidatos à presidência do Afeganistão apoiem a assinatura do acordo.

"Manteremos esta presença militar depois de 2014 apenas se o governo afegão assinar o Acordo Bilateral de Segurança (BSA) que os nossos governos já negociaram", indicou o presidente.

"Este acordo é essencial para dar às nossas tropas a autoridade necessária para cumprir sua missão, respeitando a soberania afegã", considerou.

Estes soldados devem se retirar gradualmente até o final de 2016 e apenas 200 soldados permanecerão na embaixada como parte da cooperação bilateral.

Os talebans chamaram nesta quarta-feira de "ocupação prolongada" a permanência dos soldados americanos.

"Ao prolongar a presença de suas tropas, o governo dos Estados Unidos prossegue com sua ocupação, no Afeganistão e viola a soberania, a religião e os direitos humanos" do país, denunciaram os insurgentes.

"Levando em consideração a experiência do passado, afirmamos aos americanos que se desejam perder seu tempo aqui, criar problemas em nosso país, pagarão as consequências ainda mais que os outros", afirma a nota dos talebans, em uma referência implícita à luta contra as tropas soviéticas nos anos 1980.

"Se os americanos querem realmente terminar com a guerra afegã, devem retirar todos os soldados do país. Seguiremos com a 'jihad' (guerra santa) mesmo se restar apenas um soldado americano no Afeganistão", completa o comunicado.

Atualmente, 51 mil militares americanos, sob o comando da Otan, estão no Afeganistão para apoiar Cabul em sua guerra contra os rebeldes.

As tentativas de negociação entre o governo afegão e os Estados Unidos - principal aliado e apoio financeiro do país - e os talebans, derrotados após a invasão do país pelas tropas internacionais lideradas por Washington em 2001, não foram bem sucedidas até agora.

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Cabul - O presidente afegão, Hamid Karzai, elogiou, nesta quarta-feira, em um comunicado, a retirada gradual das forças americanas do Afeganistão , proposta ontem pelo presidente americano, Barack Obama .

"O governo americano anunciou que reduzirá até zero o número de suas tropas no Afeganistão até o final de 2016", declarou Karzai em um comunicado da presidência afegã.

"O governo afegão comemora esta decisão", acrescentou.

"Acabar com a presença americana e fazer com que as forças afegãs assuma (a responsabilidade) das questões de segurança tem sido um dos principais pedidos do presidente, do governo e do povo do Afeganistão", considerou Karzai.

O presidente pediu aos insurgentes para que "aproveitem esta oportunidade histórica para acabar com a guerra, que foi lançada sob o pretexto da presença das tropas estrangeiras".

"O governo afegão agradece a comunidade internacional o seu apoio e espera que as forças de segurança protejam a segurança do povo e a integridade territorial do país".

O presidente Barack Obama propôs na terça-feira manter 9.800 soldados americanos no Afeganistão depois de 2014.

Obama disse que plano de manter os militares dependerá da assinatura de um acordo de segurança adiada várias vezes pelo governo de Cabul.

Confirmando os planos de uma retirada total das tropas americanas até o final de 2016, Obama manifestou esperança de que os candidatos à presidência do Afeganistão apoiem a assinatura do acordo.

"Manteremos esta presença militar depois de 2014 apenas se o governo afegão assinar o Acordo Bilateral de Segurança (BSA) que os nossos governos já negociaram", indicou o presidente.

"Este acordo é essencial para dar às nossas tropas a autoridade necessária para cumprir sua missão, respeitando a soberania afegã", considerou.

Estes soldados devem se retirar gradualmente até o final de 2016 e apenas 200 soldados permanecerão na embaixada como parte da cooperação bilateral.

Os talebans chamaram nesta quarta-feira de "ocupação prolongada" a permanência dos soldados americanos.

"Ao prolongar a presença de suas tropas, o governo dos Estados Unidos prossegue com sua ocupação, no Afeganistão e viola a soberania, a religião e os direitos humanos" do país, denunciaram os insurgentes.

"Levando em consideração a experiência do passado, afirmamos aos americanos que se desejam perder seu tempo aqui, criar problemas em nosso país, pagarão as consequências ainda mais que os outros", afirma a nota dos talebans, em uma referência implícita à luta contra as tropas soviéticas nos anos 1980.

"Se os americanos querem realmente terminar com a guerra afegã, devem retirar todos os soldados do país. Seguiremos com a 'jihad' (guerra santa) mesmo se restar apenas um soldado americano no Afeganistão", completa o comunicado.

Atualmente, 51 mil militares americanos, sob o comando da Otan, estão no Afeganistão para apoiar Cabul em sua guerra contra os rebeldes.

As tentativas de negociação entre o governo afegão e os Estados Unidos - principal aliado e apoio financeiro do país - e os talebans, derrotados após a invasão do país pelas tropas internacionais lideradas por Washington em 2001, não foram bem sucedidas até agora.

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